08/08/2016
:: OBESIDADE PODE DIMINUIR EXPECTATIVA DE VIDA ::
Ao mesmo tempo em que a circunferência abdominal cresce, aumenta também os riscos de problemas no coração, respiratórios e câncer.
Estudo publicado na revista médica “The Lancet” aponta que estar acima do peso diminui em cerca de um ano a expectativa de vida. Nos casos de obesidade severa, a perda chega a ser de dez anos.
Foram analisados dados de mais de 10 milhões de pessoas de diferentes continentes, que participaram de 239 estudos realizados entre 1970 e 2015 na América do Norte, Europa, Austrália, Nova Zelândia e parte da Ásia.
Como o foco era o sobrepeso, os cientistas excluíram da análise os casos de fumantes, ex-fumantes, portadores de doenças crônicas e pessoas que morreram nos primeiros cinco anos das pesquisas, restando os quadros de 3,9 milhões de adultos.
A divisão dos pacientes foi feita de acordo com o IMC (índice de Massa Corporal) de cada um. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são consideradas pessoas com peso normal aquelas com IMC entre 18,5 a 24,9; com excesso de peso, de 25 a 29,9; casos de obesidade moderada sobem para 30 a 34,9; obesidade severa de 35 a 39,9 e obesidade mórbida é a partir de 40.
Os pesquisadores concluíram que, se todas as pessoas com sobrepeso e obesidade tivessem níveis normais de IMC, evitaria uma em cada cinco mortes prematuras na América do Norte. A OMS estima que, em 2014, haviam mais de 1,9 milhão de adultos acima do peso.
Idosos são os mais sedentários
Levantamento do Ministério da Saúde apontou, no ano passado, que a população acima de 60 anos é a mais sedentária, e tem aumentado risco de doenças como câncer, hipertensão, diabetes, Alzheimer e o sobrepeso.
No país, a obesidade abdominal também é mais comum entre pessoas com 65 a 74 anos. O Ministério da Saúde recomenda que os homens não ultrapassem 101 cm de cintura e as mulheres, 87 cm.