
24/07/2025
Não raro, recebo pessoas que acreditavam que suas dores estavam “curadas”,
porque muito tempo havia passado.
Mas, ao menor gatilho, a dor voltava — como se estivesse ali, quieta, só esperando uma brecha para se mostrar.
Às vezes, o tempo só embala o que não foi elaborado.
Esperar pode ser um alívio temporário — e tudo bem.
Nem toda dor precisa ser resolvida agora.
Algumas só precisam ser reconhecidas, nomeadas, acolhidas no tempo possível.
A cura nasce do movimento interno, da disponibilidade para sentir com presença.
Do espaço que se dá aos afetos, aos vínculos, às pausas que reorganizam.
Curar não é apagar a dor.
É integrá-la ao que nos tornamos.
É permitir que o silêncio não seja apenas repressão, mas pausa fértil.
✨ E se a dor ainda estiver aí, talvez ela não esteja “fora do tempo”.
Talvez só esteja esperando por um momento em que você possa… escutar.
Você tem o direito de fugir — isso também é um mecanismo de defesa.
Mas vale perguntar:
o que essa fuga tem te oferecido… e o que ela tem te custado?