04/07/2023
A paciência não é cultivada em nossa cultura.
Os espaços transformacionais do limbo não são respeitados.
Perca gordura em um dia!
Faça um milhão desta forma!!
Escolha o dia do aniversário dos bebês!!!
- o gatilho e as armadilhas da urgência
Um sistema que se infiltra no nascimento, oprimindo mulheres não apenas durante o trabalho de parto, mas nas semanas anteriores.
Nossa sociedade gira em torno de reprimir vaginas e esticar colos uterinos.
Não há paciência para pausa.
Para a quietude. Para a espera.
É de se admirar que tenhamos um mundo de mulheres subliminarmente devotadas ao arquétipo da Santa... Submissas, obedientes e silenciadas. Quando grávidas, são dedicadas a se encaixar num padrão imposto para o nascimento.
Faça isso, coma aquilo, estimule aquilo, até o s**o é transformado em um tarefa em vez de um prazer, vários padrões de como fazê-lo em vez de um processo íntimo orgânico e prazeroso que facilita naturalmente o estado de ocitocina.
Quando as mulheres são deixadas por conta própria e recebem apoio e espaço para serem quem são, livre das expectativas, elas ficam seguras, abertas e com tesão de viverem suas experiências. Quando lhes dizem o que não está funcionando, de que não são capazes, sendo manipuladas pela insegurança e medo, elas ficam rígidas, inflexíveis e fechadas.
Nós, mulheres, nos abrimos para o nascimento como nos abrimos para fazer amor. Íntimo, orgânico, entregue, presente. Sob demanda, dificilmente acontece.
Nós, como equipes que cuidam do parto, temos a responsabilidade de parar com tudo isso. Com a pressa. Com a urgência do "ter que nascer" como protocolo. Não sendo arrogantes... Mas apenas iluminando a paciência de acompanhar, observar e assistir mulheres gestantes e em trabalho de parto.
É nosso papel espelhar para as mães a capacidade de seu corpo, em vez de fornecer a ela mensagens enganosas que trapaceam a mente disfarçadas de boa intenção.
Bebês não ficam pra sempre nas barrigas, uma hora eles vão nascer!
É desconfortável esperar para nascer? Na maioria das vezes sim.
Se você focar sua atenção na trajetória, (...)
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