Especialista em Psicologia Clínica Lúcia Mello

Especialista em Psicologia Clínica Lúcia Mello Atendo crianças,adolescentes,adultos,portadores de transtornos psiquiátricos,usuários de Dr**as e terapia de luto.

24/10/2022

Bom dia 🌻

"Sensibilidade e sentimentos verdadeiros não encontram barreiras para se espalhar porque se espalham com as asas do Amor..."

Berenice Alves

23/10/2022
22/10/2022

*Mia Couto*, Moçambique

Aconteceu-me a mim o oposto do que sucedeu com Pedro Álvares Cabral: encontrei você, Brasil, pensando que era a minha própria terra. Não tive nem barco, nem mar. Quem viajou foram vozes brasileiras que entraram na minha casa como se não houvesse porta. Essas vozes falavam de uma nação distante que guardava África nas suas raízes e misturava África nas suas sementes.
Na minha varanda, desembarcou o mar de Dorival Caymmi, desembarcaram os versos de João Cabral, de Bandeira, desembarcou a prosa de Drummond, Amado, Machado, Rosa e Graciliano. Havia um idioma que era o de Moçambique, mas que já era um outro. E havia um lugar que me abraçava com os meus próprios braços. Esse parentesco era motivo de orgulho dos moçambicanos que, enchendo o peito, avisavam o mundo: olha que temos um irmão que se chama Brasil!
Em 1975, já Moçambique livre e independente, chegaram dezenas de brasileiros que fugiam do regime militar que se tinha instalado à força em Brasília. Esse país que eu idealizara como um lugar de afeto e harmonia era, desde 1964, governado pelo ódio, pelo medo e pela violência. Os brasileiros que buscavam refúgio político em Moçambique eram pessoas tão generosas, solidárias e afáveis e era difícil aceitar que a maior parte deles tivessem sido perseguidos, presos e torturados.

Finalmente, em 1987, viajei para o Brasil, dois anos depois da democracia ter sido reinstalada. Foi como encontrar finalmente um pretendente com quem, durante anos, namorou por carta. Neste caso, não houve desilusão. Pelo contrário, a paixão pela gente e pela terra brasileira não me deixou ver a ruga e a mácula. Encontrei um Brasil que eu tinha romantizado.
Sob essa capa de doçura e afabilidade havia uma outra dimensão de violência que era filha e neta da brutalidade colonial. Eu tinha visitado você, Brasil, como aqueles sujeitos que clamam serem cegos para raças e, desse modo, não são capazes de ver o racismo.
Essa cegueira seletiva fez com que, décadas depois, me surpreendesse o fato de os brasileiros terem elegido para presidente um homem que declara sentir saudades da ditadura e que celebra como referência moral um torturador no regime militar. Um presidente que substitui o diálogo pela ameaça das armas e que manifesta a maior indiferença perante a morte e o sofrimento dos seus compatriotas. Houve, admito, um Brasil que foi mais sonho do que realidade. Mas este você de hoje é um pesadelo bem real.
O meu maior desejo é que os brasileiros superem de vez e para sempre esta sua passagem pelo inferno. O Brasil que ganhou o respeito do mundo não pode ser representado senão por alguém que celebra a vida e que defende o tesouro maior da nação brasileira: a infinita diversidade do seu passado e pluralidade do seu futuro.

Não é apenas um desejo pessoal. É uma certeza: você vai-se levantar, vai sacudir a poeira e vai dar a volta por cima.

22/10/2022

*Emocionante e necessária essa contribuição do Antonio Prata.**

Domingo a gente faz um país


Daqui a dez, trinta, cinquenta anos, os que ainda estivermos vivos poderemos contar com orgulho pros nossos filhos, netos e bisnetos: naquele domingo, 30 de outubro de 2022, eu estava do lado certo.
Não era um lado homogêneo, o dos que votaram pra salvar o país da catástrofe bolsonarista. Pelo contrário, éramos gente de todos os cantos do espectro político, mas que passamos por cima das nossas diferenças por concordarmos com alguns pontos inegociáveis. Que só poderíamos ter uma vida digna na democracia. Que, numa Terra redonda, a ciência é quem decide que remédio funciona e qual é charlatanice. Que quando centenas de milhares de brasileiros morrem, prestamos as nossas condolências e solidariedade, não os imitamos, às gargalhadas, morrendo por asfixia. Ao decidirmos votar em Lula e Alckmin naquele 30 de outubro não escolhemos uma chapa ou um partido político: participamos de um plebiscito entre ditadura e democracia.
Naquele domingo tão perigoso havia a chance real de um sanguinário se reeleger. Havia a chance real de que, num segundo mandato, ele aparelhasse o STF, mudasse a constituição, silenciasse a mídia, expulsasse, prendesse, torturasse e matasse adversários, como acontece na Venezuela, em Cuba, na Arábia Saudita, na Hungria, no Irã, na Rússia.
O que muitos de nós não percebemos à época, no entanto, é que havia ali também uma chance grandiosa. A chance de, pela primeira vez desde a redemocratização, unirmos os melhores quadros do país no mesmo lado. Por décadas, PT e PSDB preferiram buscar o apoio de bandidos do que se aliarem. Agora Lula está com Alckmin. Armínio Fraga e Emicida estão no mesmo barco. Boulos e Simone Tebet também. Quem já imaginou João Amoedo e Mano Brown declarando voto no mesmo candidato? Esse bando de gente tão diferente se uniu justamente para garantir o direito de continuar discordando.
Nos unimos por sermos conservadores: queríamos conservar a Amazônia. Queríamos conservar O SUS. Queríamos conservar as instituições e o estado de direito. Nos unimos porque éramos liberais. Acreditávamos que os brasileiros só seriam livres se tivessem, todos eles, pretos e brancos, ricos e pobres, educação de qualidade. Acreditávamos na liberdade de crença em todas as religiões. Acreditávamos que cada um deveria viver como quisesse, sem um Estado reacionário metendo o bedelho em assuntos privados. Nos unimos porque éramos revolucionários: acreditávamos que o Brasil não estava fadado ao fracasso, que ele podia muito mais do que aquela desgraça torpe que nos engolia, dia após dia.

* * *

Neste domingo, dia 30, vamos fazer história. Vamos votar no Lula e no Alckmin, vamos tirar o Bolsonaro da frente e começar a construir um Brasil do tamanho dos nossos sonhos e possibilidades. Para poder dizer aos nossos filhos, netos e bisnetos, algum dia, lá na frente, que o Brasil em que eles vivem, um Brasil justo, sem ódio, plural, diverso, próspero e generoso, foi fruto da nossa luta, fruto da nossa união.

Roda Democrática
Forum do Amanhã
Movimento Ética e Democracia
Direitos Já
Prerrogativas
Derrubando Muros
República do Amanhã *
Imazon
Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB),
Instituto de Estudos da Religião (ISER)
Iniciativa Fé no Clima
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Empresarial.
Aliança Nacional Lgbti+
Associação Brasileira de Famílias homotransAfetivas,
Rede Gaylatino
Grupo Dignidade Horario de mosmann crashaw
Ação Democrática Ampla - ADA
Escola Comum

ORIENTAÇÃO:
A gente quer falar agora e dar uma chance para que todos repensem o seu papel nesse momento dramático. Nós podemos mudar nosso destino!
Para isso ser tangível, é importante que o texto generoso criado pelo Antonio Prata, ganhe rostos e vozes. Leia, grave o texto todo ou a parte com a qual vc se identifica, e solte nas redes. Peça aos seus amigos que façam o mesmo. Vamos inundar o Brasileiro de fé no futuro. Vamos virar essa página de escuridão e dor. A hora é de apostar no amor e no vida. Solte a sua voz!

22/10/2022

Sou graduada pela UGF - Universidade Gama Filho RJ, pós-graduação em Saúde Mental pela UFC - CE. Atuei em RH (realizando Recrutamento,Seleção e Treinamento), Hospital Psiquiátrico (onde atuei como Psicóloga Hospitalar e Diretora Administrativa), Projetos do governo Federal na prefeitura...

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