15/06/2023
Já falei isso algumas vezes por aqui, mas as rodas femininas sempre fizeram parte da minha vida, quem sabe, de todas elas.
Para mim, reunir mulheres em círculos remonta à oralidade passada de mãe para filha, um conhecimento compartilhado de geração em geração, na ancestralidade e na verticalidade sagrada da família.
Minhas rodas têm um quê dos rituais em que as mulheres preparam a comida cuidadora e elaboram suas alquimias curativas. Essas rodas me fascinam pelo salto quântico que é possível dar, quando nos reunimos nessa potência imensurável que são os grupos e suas capacidades de cocriação.
Quando me sento em círculo, tenho a sensação ancestral de que voltei para casa e de que é nesse movimento circular que mora o meu propósito. Sempre fiz parte de grupos em que o feminino ocupava o centro e, hoje sei, que é o feminino que nutre os grupos.
Quando nos reunimos, há uma força de convergência que acolhe desde a expansão dos sentidos até a abertura que permite a entrega do próprio corpo à experiência.
Mulheres se reúnem e depois se unem, numa rede que se perpetua. Há que se perceber a potência, a força, o poder do feminino na vida, no trabalho, na expressão e na corporificação do sutil.
Quero e acredito que, transbordando amor, podemos atrair as almas das pessoas que amamos para integrar nossa rede de cuidados.
Vamos refletir novamente então: como você tem nutrido sua rede de apoio feminina?
Quais características você busca no momento de escolher quem vai integrar sua egrégora?
Seguimos juntas.
📷 Marina Oliveira