02/08/2025
O texto não é de minha autoria, mas reflete meu sentimento.
Hoje é oficialmente o Dia do Médico Nefrologista.
Muita gente me pergunta por que escolhi essa especialidade.
A resposta é simples: gosto de pessoas, de histórias, de investigar, de ser curiosa, de estar sempre aprendendo.
E a nefrologia é exatamente isso. Desafiadora na essência. Nada monótona.
Um dia estou no consultório, no outro na enfermaria, na UTI, na diálise, dando aula e isso pode ser de dia, à noite e não importa se é final de semana. Sempre há algo novo para estudar e para entender além do óbvio.
Ser nefro é saber ouvir. É rastrear sinais, pedir os exames certos, interpretar com atenção, buscar a causa e acolher, acolher, acolher.
Ser nefrologista é enxergar o que muitas vezes passa despercebido. É orientar com paciência quem se viu, de repente, diante de uma doença silenciosa.
A nefrologia me ensinou que não se cuida só do rim.
A gente cuida da pessoa que convive com alguma alteração do funcionamento dos rins. Quem acompanho carrega tentativas, renúncias, aprendizados e o desejo legítimo de viver com dignidade e autonomia.
E isso é um privilégio.