Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática - Icaraí, Niterói

Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática - Icaraí, Niterói Serviços em Psicologia - marque sua consulta - informações - Psicoterapia, Somatic Experiencing.

Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática
Marcação de consultas: (21) 98777-8141 ou 2705-1023
(Não aceitamos convênios)

www.clinicapsic.com.br

Oferecemos tratamento Psicológico de Pânico, Depressão, Fobias, Estresse, Traumas, Problemas de Relacionamento, Distúrbios Psicossomáticos, entre outros. Psicólogo Clínico (UFRJ), com formação em Psicoterapia Reichiana (formações no Brasil e na Inglat

erra - Centre for Orgonomic Research and Education), Gestalt), Somatic Experiencing®, Psicologia Biodinâmica, Pranic Healing, Hipnose Ericksoniana, entre outras abordagens psicoterápicas. Membro da European Association for Body-psychotherapy (EABP) e da Associação Brasileira do Trauma (ABT). Contatos: 2705-1023 / 98777-8141

Atendimento com hora marcada:

SHOPPING ICARAÍ - sala 1920
Rua Moreira César, 229, 1920 - Icaraí

www.clinicapsic.com.br

Começar uma mudança pode até doer, mas costuma vir com uma certa euforia.Há um entusiasmo inicial, quase uma esperança e...
24/07/2025

Começar uma mudança pode até doer, mas costuma vir com uma certa euforia.

Há um entusiasmo inicial, quase uma esperança embriagada, de que o novo irá, enfim, libertar.

Mas sustentar a mudança...

É aí que mora o verdadeiro desafio.

É quando a névoa passa, o encantamento se dissipa e o que sobra é o real: nu, imprevisível, às vezes duro, outras vezes absolutamente simples.

Sustentar a mudança é aceitar que aquela versão idealizada do amor, da família, do futuro, era uma construção: necessária, sim, mas agora estreita demais.

É enxergar que aquela segurança era controle disfarçado.

É perceber que aquele papel que você representava no mundo, e que até fazia sentido um dia, agora já não serve.

E é nesse exato momento, quando não dá mais para voltar, mas ainda é difícil seguir, que muitos recuam.
Não por fraqueza, mas porque o real exige presença.
E estar presente é uma das tarefas mais árduas que existem para quem aprendeu a sobreviver desconectando.

Mas é também aqui que algo verdadeiro pode nascer:
a coragem de não fugir,
a capacidade de olhar para o que é,
e a escolha de sustentar o que emerge quando você se entrega: sem garantias, mas com alma.

Você não se torna mais forte porque dominou tudo.

Você se torna mais vivo porque está, pela primeira vez, inteiro na experiência.

Presente no risco, na instabilidade, na beleza não filtrada da vida.

E então, mesmo com medo, mesmo com desconforto, algo em você sussurra com firmeza:

“Eu posso sustentar isso.”
Não porque é fácil,
mas porque agora faz sentido.

E talvez, no fim das contas, esse seja o verdadeiro amadurecimento:
sustentar a vida como ela é — imperfeita, real, pulsante —
e escolher viver sem precisar fugir.



Atendimentos em Icaraí e online
Dr. Yuri Coutinho Vilarinho • Psicólogo • CRP 05/38712

Nem toda dificuldade de confiar está ligada a algo que se vê na superfície.Há histórias silenciosas por trás da insegura...
23/07/2025

Nem toda dificuldade de confiar está ligada a algo que se vê na superfície.

Há histórias silenciosas por trás da insegurança para se posicionar, da procrastinação que insiste em sabotar o movimento, da ansiedade que aparece sempre que a relação se aprofunda.

Para alguns, aproximar-se demais do outro é o início de um colapso interno.

O contato vira ameaça.

O vínculo, um território instável.

Por fora, pode parecer desinteresse, indecisão ou até confusão de identidade.

Mas, por dentro, muitas vezes, trata-se de um corpo marcado por experiências de repressão, especialmente no que diz respeito à espontaneidade.

Algumas dessas histórias começam com figuras parentais que impunham autoridade como rigidez, e não como presença.

Que não sustentavam diálogo, apenas exigiam.

E assim, a confiança foi rompida, não porque faltou amor, mas porque o amor não veio acompanhado de escuta e respeito.

O resultado é um adulto que pensa demais antes de agir, que evita confronto, que teme incomodar.

Que muitas vezes sente que sua forma de ser é “errada”, mesmo quando não sabe explicar o porquê.

E isso afeta profundamente a maneira como se vê, como age no mundo e como se relaciona com os outros.

A boa notícia é que esse padrão pode ser reconhecido, ressignificado e, aos poucos, transformado.

Quando o ambiente terapêutico oferece segurança real e há uma entrega honesta a esse processo, o corpo começa a permitir novas experiências: expressar sem culpa, agir sem se paralisar, confiar sem fugir.

---

Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
Doutor em Psicologia
CRP 05/38712 – Atendimentos em Icaraí e online.
Informações no link da Bio.

Nem sempre o afastamento é fruto de mágoa. Às vezes, é fruto de exaustão.Nem sempre a distância é desamor. Muitas vezes,...
23/07/2025

Nem sempre o afastamento é fruto de mágoa. Às vezes, é fruto de exaustão.
Nem sempre a distância é desamor. Muitas vezes, é a única chance de preservar o que restou de si.

A clínica mostra, dia após dia, que aqueles que se afastam de relações familiares tóxicas geralmente são os que mais tentaram manter a conexão viva. Tentaram diálogo, tentaram ceder, tentaram compreender. Até que perceberam que continuar naquele vínculo era um alto custo — pago com ansiedade, culpa crônica, insônia, dores no corpo e crises de identidade.

É um gesto extremo, mas, para muitos, é também um gesto de lucidez.
Porque às vezes, crescer é escolher a própria sanidade, mesmo que isso desagrade a narrativa da família.
E se você chegou nesse ponto, talvez já tenha entendido que o amor, para ser real, precisa incluir você também.

Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
Psicólogo Clínico | CRP 05/38712
PhD em Psicologia
Atendimentos presenciais em Niterói e Online

Muita gente se identifica com os sintomas do que chamamos de TDAH: dificuldade de foco, impulsividade, hiperatividade, m...
21/07/2025

Muita gente se identifica com os sintomas do que chamamos de TDAH: dificuldade de foco, impulsividade, hiperatividade, múltiplos começos e poucos finais, excesso de pensamento, impaciência, procrastinação crônica.

Mas poucos se perguntam: o que tudo isso está tentando proteger ou expressar?

E se, por trás desses sintomas, houver um corpo exausto de se adaptar a expectativas que nunca respeitaram sua natureza profunda?

E se a sua mente hiperativa for, na verdade, um reflexo de um sistema nervoso que nunca teve tempo ou espaço para se sentir seguro?

Algumas pessoas que carregam sintomas associados ao TDAH são extremamente sensíveis, profundas, criativas e múltiplas em seus interesses.

Mas cresceram em ambientes onde sua autenticidade foi reprimida, onde não havia espaço para pausa, escuta, lentidão, ou até mesmo para ser como se é.

Diante disso, o corpo aprende a fugir de si. A acelerar, dispersar, tensionar.

E isso não é defeito, é sobrevivência.

Por isso, o caminho de cura nem sempre está em "se forçar a funcionar" como o mundo espera.

Está em recuperar o contato com o próprio corpo.

Está em pausar. Reduzir estímulos. Aprender a fazer uma coisa por vez.

Está em investigar com cuidado e compaixão: o que você teve que reprimir para ser aceito?

Comece com pausas mais frequentes.

Diminua a pressão por produtividade.

Reduza o excesso de multitarefas.

E, principalmente, dedique tempo para descobrir quem você é de verdade, por baixo de todas as camadas que precisaram se moldar para agradar, pertencer, sobreviver.

Porque quando você começa a se escutar, o corpo não precisa mais gritar.

Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
CRP 05/38712
Atendimento presencial em Icaraí e online.

Muitas vezes confundimos segurança com a ausência de reações, desconforto ou turbulência emocional. Mas a segurança real...
20/07/2025

Muitas vezes confundimos segurança com a ausência de reações, desconforto ou turbulência emocional.

Mas a segurança real, aquela que sustenta vínculos profundos e escolhas conscientes, não se constrói pela negação do incômodo.

Ela se constrói na medida em que o sistema nervoso se torna capaz de acolher o que emerge, sem se defender de forma automática, sem escapar para os velhos mecanismos de proteção, como a evitação.

Evitar pode parecer, à primeira vista, uma fragilidade, mas na verdade é uma forma refinada de proteção que o sistema desenvolveu para não reexperimentar dores do passado que ainda estão vivas, não vistas e não integradas.

Evita-se o desconforto porque, em algum nível, ele já foi vivido como intolerável.

A urgência em "fazer o oposto", em "confrontar de vez" o que se evita, muitas vezes só reforça o ciclo de ameaça.

Isso porque o corpo ainda não possui recursos suficientes para lidar com o que antes foi vivido como insuportável.

Por isso, o caminho da transformação passa, primeiro, por reconhecer a função da evitação e as dores que ela esconde.

Passa por trazer compaixão a essas estratégias, por ouvir o que está por trás do medo, sem querer empurrar o sistema além do que ele pode sustentar com segurança.

Quando o sistema começa a se sentir mais nutrido e apoiado, aquilo que antes era visto como perigoso pode começar a ser explorado com mais presença.

É nesse momento que se torna possível expressar uma necessidade, compartilhar uma vulnerabilidade ou estabelecer um limite.

Mas isso não acontece como uma obrigação, nem como uma meta forçada. Acontece como consequência natural de um corpo mais integrado, mais inteiro, mais em contato com sua própria verdade.

A segurança, nesse caso, não é ausência de dor. É a presença disponível que sabe como acolhê-la.

***

Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
CRP 05/38712
Atendimentos presenciais em Icaraí e online
📩 Para agendamentos:
www.clinicapsic.com.br
21 99003-2226 (Whatsapp)

Muita gente acredita que só vai começar a se curar quando entender absolutamente tudo. Cada causa, cada traço, cada nuan...
19/07/2025

Muita gente acredita que só vai começar a se curar quando entender absolutamente tudo.

Cada causa, cada traço, cada nuance. Mas isso também é uma forma de adiamento.

Às vezes, a cura não vem da análise, mas do espaço. Do espaço entre o impulso e a resposta.

Do espaço para sentir sem se forçar a consertar. Do espaço para perceber o que está presente no corpo aqui e agora, sem tentar resolver.

Foi só quando esse espaço começou a existir que a mudança pôde acontecer.

A mudança não forçada. Não por técnica. Mas por contato.

Quando criamos margens internas para que as sensações possam ser escutadas, sem serem silenciadas ou interpretadas com pressa, o sistema começa a se reorganizar.

E essa reorganização é sutil, mas profunda. Não depende de uma fórmula, nem de uma narrativa perfeita sobre o que aconteceu.

Ela depende de conexão. De conseguir estar com o corpo sem desviar.

De perceber os pequenos sinais do sistema pedindo pausa, ou pedindo presença. De voltar, repetidamente, para a realidade do agora — sem dramatizar, sem minimizar.

Isso exige treino, mas não um treino mecânico. Exige escuta.

A escuta que vai sendo refinada com o tempo, quando paramos de exigir do corpo respostas imediatas e passamos a acompanhá-lo com mais honestidade.

É nesse campo, entre o que foi e o que ainda pulsa, que a cura de fato acontece.

Se você sente que está pronto para entrar nesse processo de forma comprometida, profunda e respeitosa com o seu tempo, entre em contato.

Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
CRP 05/38712
Atendimento Online e em Icaraí
Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática (Niterói)
📩 Envie uma mensagem direta ou entre pelo WhatsApp: (21) 99003-2226
📥 Mais informações no link da bio.

É comum confundir estados de alívio momentâneo com processos reais de transformação.Sim, práticas como meditação, contat...
19/07/2025

É comum confundir estados de alívio momentâneo com processos reais de transformação.

Sim, práticas como meditação, contato com a natureza, trabalhos energéticos, contato com o sagrado ou vivências catárticas podem gerar uma sensação legítima de alívio, expansão ou até mesmo “renovação”.

Esses momentos têm valor.

Eles ajudam a abrir espaço, a respirar, a limpar cargas acumuladas.

Mas é preciso cautela para não confundir esse tipo de limpeza energético-emocional com um processo verdadeiro de cura.

Porque a cura profunda não acontece somente quando a sujeira vai embora. Ela acontece quando deixamos de produzir, inconscientemente, aquilo que causa a sujeira.

Em outras palavras:
Uma limpeza remove resíduos.

A transformação dissolve as fontes que os geram.

Cuidar da dor, do trauma, das repetições, das defesas, dos padrões automáticos, isso exige atravessar camadas mais densas do psiquismo. Não basta apenas “expurgar” o que incomoda. É preciso investigar o que o alimenta.

E, com isso, reformular estruturas internas, redesenhar rotas de sentido, integrar partes que estavam em guerra dentro de si.

Limpar pode ser o começo.

Expandir pode ser o portal.

Mas transformar…

Transformar é atravessar o núcleo, é escolher uma outra forma de existir, mesmo quando o velho padrão tenta chamar de volta.

Por isso, honre a "faxina".

Mas saiba que ela não substitui o conserto da "causa", daquilo que produz constantemente a "sujeira".

Tenha um compromisso real com a própria jornada de autotransformação.


📍 Atendimentos online e em Icaraí
🧠 Dr. Yuri Coutinho Vilarinho | CRP 05/38712
Psicoterapia | Trauma | Autodesenvolvimento
✉️ Agendamentos via DM ou WhatsApp (link na bio)

Muitas pessoas sentem que sua sensibilidade é um problema, como se fossem frágeis demais para o mundo. Mas o problema nu...
19/07/2025

Muitas pessoas sentem que sua sensibilidade é um problema, como se fossem frágeis demais para o mundo.

Mas o problema nunca é a sensibilidade em si, e sim a ausência de contornos internos que a tornem segura, regulada e disponível para a vida.

Sensibilidade é um dom apenas quando ela encontra espaço para pousar.

Sem presença, ela se torna dispersa.

Sem segurança, ela se torna um campo aberto para o medo.

Sem autonomia, ela se transforma em obrigação, em autoabandono disfarçado de cuidado com o outro.

É por isso que pessoas sensíveis muitas vezes carregam culpas que não são suas, responsabilidades que drenam, dores que não conseguem nomear. Elas não precisam se tornar menos sensíveis, mas sim mais enraizadas.

O primeiro passo é aprender a estar com o que se sente sem se perder no que se sente. Quando há presença, a sensibilidade deixa de sequestrar o corpo e passa a ser contida e sustentada. Quando há segurança relacional e emocional, o sistema nervoso não precisa mais escolher entre sobreviver e se expressar.

E quando há escolha e limites, a sensibilidade volta a ocupar seu lugar: como ferramenta de percepção, afeto e profundidade.

Sensibilidade não é algo a ser consertado, é algo a ser respeitado. Ela não precisa ser silenciada, precisa ser escutada com sofisticação.

Ao reconhecermos sua beleza, sua inteligência e seus limites, deixamos de sobreviver à sensibilidade e passamos a viver com ela. Com maturidade, com contorno, com dignidade. Sensibilidade não é um erro de fabricação, é um tipo de código interno que pede mais espaço, mais pausa, mais escuta.

Se você tem vivido sua sensibilidade como peso, talvez seja hora de mudar a pergunta. Em vez de “como me livro disso?”, talvez seja “o que essa parte de mim está tentando me mostrar?”.

E se você puder, com o tempo, construir um espaço interno para essa escuta, a sensibilidade pode finalmente deixar de ser um lugar de exaustão para se tornar um lugar de verdade.



Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
CRP 05/38712
Psicoterapia presencial em Icaraí e também online
Contato via direct ou WhatsApp na bio

A psicopatia é um distúrbio severo da estrutura de personalidade, marcado por comprometimentos emocionais específicos e ...
19/07/2025

A psicopatia é um distúrbio severo da estrutura de personalidade, marcado por comprometimentos emocionais específicos e profundos.
Não se trata de uma ausência total de emoção, mas de uma falha estrutural justamente nas emoções que sustentam o laço humano: empatia afetiva, culpa e remorso.

Quem apresenta essa configuração sente raiva, prazer, desejo, excitação, mas essas emoções são instrumentais, autorreferidas e desprovidas de senso moral.

O outro, para esse sujeito, não é um fim em si, mas um meio para controle, manipulação ou gratificação.

Essa frieza emocional esconde um funcionamento vazio, centrado na exploração e na anulação do outro.

Por isso, a convivência com esse tipo de personalidade tende a produzir uma erosão lenta, porém profunda, na identidade de quem se vincula com ela.

E é justamente nesse cenário que o empata — alguém que sente profundamente, que percebe nuances, que acolhe antes de desconfiar — torna-se vulnerável.

Não por ingenuidade, mas por estrutura. Por ser atravessável. Por funcionar com base no espelhamento emocional.

Ao se envolver com uma personalidade psicopática, o empata começa a adoecer.

Absorve padrões frios para sobreviver. Normaliza a distorção. Internaliza a lógica emocional do outro para se proteger.

E, pouco a pouco, vai perdendo o contato com sua própria verdade. Vai se desconectando do que sente, do que sabe, do que intui.

Esse processo não é psicopatia adquirida: é colapso de identidade por contágio relacional.

A boa notícia é que esse movimento, embora devastador, é reversível.

Com distanciamento, suporte adequado e reconstrução simbólica, o empata pode recuperar sua forma original, amadurecer, resgatar limites e reconstruir sua percepção de realidade.

Já quem opera a partir da psicopatia permanece onde sempre esteve:

num vazio de consciência, onde o outro é apenas espólio emocional.

Essa dinâmica, apesar de comum nos bastidores de tantas histórias silenciosas, ainda é pouco nomeada, inclusive em contextos clínicos.

Mas saber disso é, em si, um ato de proteção.

E às vezes, o que salva uma vida não é o amor: é o discernimento.

👤 Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
CRP 05/38712

Durante anos, o corpo aprendeu a reagir como pôde. Ele tensionou, se calou, se retirou, se armou, se ausentou. E isso, n...
18/07/2025

Durante anos, o corpo aprendeu a reagir como pôde.

Ele tensionou, se calou, se retirou, se armou, se ausentou.

E isso, na maior parte das vezes, não foi uma escolha consciente, foi sobrevivência.

É preciso lembrar que pedir isso ao sistema nervoso, sem um caminho construído, é como exigir calma de um animal que sempre viveu acuado.

A urgência de estar bem o tempo todo muitas vezes se confunde com um novo tipo de autocobrança, mais sutil, mas igualmente cruel.

O processo real de transformação começa, na verdade, quando aceitamos que ainda iremos nos abandonar em algumas situações — e que isso não é fracasso. É apenas o ponto de partida.

A chave está em como nos acolhemos depois. Em como conseguimos, mesmo que com atraso, voltar para dentro.

Dizer a nós mesmos: “foi difícil, eu entendo... mas estou aqui agora.” Aos poucos, e com prática, vamos reconhecendo os momentos em que nos ausentamos de nós mesmos.

E mais do que isso — começamos a voltar com mais facilidade. Às vezes, voltamos antes. Outras vezes, nem sequer saímos completamente.

Esse retorno não acontece por força de vontade ou racionalização. Ele se dá por raízes que vamos fortalecendo devagar: presença, escuta, capacidade somática, compaixão, conexão interna, perspectiva.

Esses elementos não são mágicos, mas funcionam como solo firme para sustentar a nossa permanência nos momentos difíceis. Quando eles estão presentes, mesmo o que antes parecia insuportável se torna possível de ser habitado.

E então algo muda. Não de forma espetacular, mas profundamente. Em vez de reagir, você observa. Em vez de fugir, você respira.

Em vez de se abandonar, você se oferece companhia. É assim que o vínculo consigo mesmo se reconstrói: não por imposição, mas por repetição gentil.

Essa é a prática: menos pressa, mais presença.

Menos idealização, mais humanidade.

Com tempo, com corpo, com verdade.

Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
Psicólogo clínico – CRP 05/38712
Atendimentos presenciais em Icaraí (Niterói) e online

📩 Para agendar uma sessão, entre em contato por DM

Talvez o que você esteja chamando de ansiedade seja, na verdade, solidão somática.Um corpo que aprendeu a sobreviver soz...
18/07/2025

Talvez o que você esteja chamando de ansiedade seja, na verdade, solidão somática.

Um corpo que aprendeu a sobreviver sozinho demais.
Que não foi visto no momento da dor, nem validado na sua luta silenciosa.

E agora ele pulsa, treme, aperta e fecha — tentando ser notado.

Nos ensinaram a "regular".

Mas antes de regular, é preciso relacionar.
Relacionar com o próprio corpo.

Relacionar com os sinais que ele dá, com os ritmos que ele pede, com os limites que ele impõe.

Regulação não é um protocolo que a mente impõe ao corpo.

É o que acontece quando o corpo percebe que não precisa mais lutar sozinho.

Quando ele sente que pode confiar em quem o habita.

Não existe alinhamento absoluto.

Há dias em que vamos falhar. Vamos nos perder. Vamos endurecer de novo.

Mas o que faz diferença é o que fazemos depois.
A maneira como voltamos.

A forma como reparamos a desconexão.

É isso que o sistema nervoso precisa:
Mais reencontros do que metas.
Mais escuta do que controle.
Mais corpo do que conceito.

E, acima de tudo, menos cobrança para “curar” de uma vez o que foi ferido ao longo de tantos anos.
A cura não acontece sob pressão.
Ela floresce no campo seguro da presença.
Ela acontece quando o corpo sente: “agora eu posso descansar… porque enfim, você está aqui.”



Dr. Yuri Coutinho Vilarinho
CRP 05/38712
Psicólogo Clínico | Psicoterapia Integrativa
📍 Atendimentos presenciais em Niterói | Online para todo o mundo
📩 Agende sua sessão pelo link na bio

Muita gente ainda confunde amor com a ausência de conflito.Mas a verdade é que os relacionamentos mais saudáveis não são...
17/07/2025

Muita gente ainda confunde amor com a ausência de conflito.

Mas a verdade é que os relacionamentos mais saudáveis não são aqueles onde tudo corre "bem o tempo inteiro", e sim os que conseguem sustentar a realidade como ela é:

Com os silêncios, os ruídos, os limites, as dores e também as alegrias que surgem no caminho do encontro.

Um vínculo maduro não idealiza o outro, mas se compromete com uma forma de presença que é ativa, consciente e respeitosa.

Isso exige escuta real, disposição para se rever, curiosidade pelo mundo interno do outro e, acima de tudo, a coragem de não fugir quando a conversa aperta.

Relacionamento saudável não é anestesia, é crescimento.

E isso inclui saber que o outro não está ali para “te completar” ou “consertar” suas dores, mas para caminhar ao seu lado, ajudando a iluminar cantos que talvez sozinho você não enxergasse.

Se há amor, mas não há escuta, não há relação.

Se há presença, mas não há responsabilidade, não há maturidade.

Relacionar-se bem exige trabalho interno.

E esse trabalho começa com a disposição de se tornar alguém que sabe amar melhor: primeiro a si, depois ao outro.

Se você se sente perdida/o em seu caminho de cura, autoconhecimento e transformação e quer minha ajuda nesse caminho, meus contatos estão no link da bio.

Atendimentos presenciais e online.
Dr. Yuri Coutinho Vilarinho, PhD em Psicologia
(CRP 05/38.712).

Informações e marcação de consulta:
www.clinicapsic.com.br
Whatsapp: 21 99003-2226

Endereço

Rua Moreira César, 229
Niterói, RJ
24230065

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 17:00
Terça-feira 09:00 - 17:00
Quarta-feira 09:00 - 17:00
Quinta-feira 09:00 - 17:00
Sexta-feira 09:00 - 17:00

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática - Icaraí, Niterói posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática - Icaraí, Niterói:

Compartilhar

Categoria