21/03/2024
Ao iniciar a história com o suicídio de uma mulher, o filme visa chocar desde o início aquele que o assiste!. E dali, já nos interrogamos: Que dor foi essa provocada em uma Mulher a ponto de a mesma realizar um suicídio? Desde o início, o filme busca produzir no telespectador uma visão de horror e desconforto, ao caracterizar um mundo onde diferentes criaturas se misturam em forma e tipos de comportamento.
Como o animal meio pato,meio cachorro e os diversos experimentos de um cientista que buscava se afastar do sentimento, figuras e formas conversam escolhendo a Mulher como protagonista e agente de ruptura de um modelo Patriarcal.
O filme é chocante desde o início com imagens bizarras, mas para moldar o filtro da nossa consciência! Buscando enxergar as nuances de outras violências que a Mulher vai sofrer com os Homens ao seu redor.
Violências como: o encarceramento, abusos se***is, impedimento de estudar, controle financeiro, impedimento de acesso às informações, tal como a construção real e psicológica de que a Mulher é dependente do Homem para existir.
Além de trazer como o contato com o feminino e a liberdade do “sexo frágil”, se constrói a partir da descoberta com a sexualidade. Pois apesar de a menina “implantada” na Mãe ser criada numa casa com a presença de outras mulheres do mesmo sexo, essas eram regidas pela moral e bons costumes.
O conhecimento dá lugar ao “descontrole” (genialmente trabalhado pelo cineasta, tanto do ponto de vista mental, quanto da dominação). De fato, comportamentos explícitos do companheiro da atriz começa a ser cada vez mais agressivos, a ponto de sequestrar a atriz aprisionando-a num barco em sua tentativa frustrada de recuperar a atenção para si.
Após Bella dar-se conta de novamente estar em situação de cárcere e vivenciar o seu luto, Bella busca nos livros uma fuga para a sua liberdade e resiliência para o passar das horas no navio. A leitura como marca da libertação da Mulher e o quanto a mesma pode ser uma poderosa arma às práticas de violência.
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