14/08/2024
Jejum e a autofagia 🙌🏼
A autofagia é um processo natural onde o nosso corpo identifica células, organelas e mitocôndrias disfuncionais e promove reparo ou até mesmo uma renovação completa daquela estrutura. A palavra deriva do grego e significa literalmente “comer você mesmo”, mas para que isso ocorra de forma mais eficiente, é necessário promover um cenário de escassez de comida, ou seja, jejum.
Jejuns e autofagia são fundamentais para tratamento e reversão de doenças, principalmente quando o assunto é câncer, síndrome metabólica, doenças neurodegenerativas, doenças intestinais e infertilidade.
Mas não é qualquer jejum, pois o processo de digestão e absorção de uma refeição pode levar 8 a 12h para finalizar por completo para então começarmos a entrar na reserva e estimular a autofagia. Por isso, quando pensamos em jejum buscando autofagia, estamos falando de jejuns preferencialmente acima de 20h, podendo ser OMAD (jejum de 24h com uma única refeição no dia) ou jejuns maiores, de 36h, 48h, 72h ou mais.
Nosso corpo é fantástico, precisamos dar mais crédito a essa máquina incrível e parar de danifica-lá com comida processada/industrializada, excesso de carboidratos, bebidas adoçadas, álcool, glúten e de preferência, parar de comer o dia inteiro, afim de ajudar o corpo a lidar com as reservas.
São inúmeras histórias de sucesso que vemos todos os dias com o jejum, mas o relato que sempre me encanta é que através do jejum as pessoas sentem que recuperaram as rédeas da vida e que finalmente se sentem no controle novamente, já não sendo mais refém da comida, principalmente se estiverem em uma dieta carnívora ou cetogênica.
E embora todo ser humano saudável esteja apto a fazê-lo, recomendo o acompanhamento de um profissional capacitado em jejuns acima de 24h, por conta das orientações em relação à hidratação, reposição de sal/eletrólitos e estratégias para manter um sono de qualidade durante o período do jejum. Agora, se estiver em tratamento de alguma doença grave e em uso de medicamentos ou se for diabético tipo 1, esse acompanhamento se torna fundamental.