Aniele Salomão Alves

08/06/2025

21/05/2025

Como criar um ambiente onde crianças e adolescentes e professores possam ver a sua voz circular, possam escutar e serem escutados em seus encontros, uns com outros e com o conhecimento? [...]

E como criar um ambiente onde os invisíveis tenham voz e sejam escutados? Penso que conseguimos isso um pouquinho a cada dia. Nossos alunos e alunas saem da escola sabendo que cuidar do outro é muito mais do que dar bom dia para o porteiro. É relacionar-se com ele de fato, é escutá-lo vez ou outra é contar com seu olhar também educativo dentro da escola.

Este trecho do livro O palhaço e o psicanalista de Dunker e Thebas nos traz uma reflexão sobre nossa escuta, neste tempo de muito barulho.

E por aí? Como está a sua escuta? Você anda se sentido que sua voz está sendo escutada? Como você percebe a comunicação nos ambientes onde faz parte?

15/05/2025

Para nossa reflexão.

Não se trata de egoísmo e sim de auto-cuidado.

04/05/2025

Uma das coisas que tem tornado a experiência da escuta mais difícil é rara é que os progressos da nossa individualização nos tornam cada vez mais buscadores de resultados concretos e mensuráveis, o que nos subtrai do caminho é nos coloca antecipadamente em pontos de chegada. Escutar é essencialmente estar no caminho. [...]

Olhamos para situações com uma espécie de óculos de avaliação bifocal. Na parte de cima enxergamos os riscos e benefícios, a segurança e a promessa. Mas na parte de baixo está nossa pequena máquina de calcular benefícios e investimentos, de modo que as relações tornam-se crescentemente organizadas por uma espécie de contabilidade de interesses, com óbvio posicionamento de vencedores e vencidos. Isso afeta muito a situação de escuta, pois ela é, por definição, centrada mais no processo que no produto, mais dependente de caminhar junto que de chegar ao lugar certo.

Dunker e Thebas no livro O psicanalista e o palhaço, 2021.

04/05/2025

Escritora brasileira de uma grande sensibilidade e que escrevia com pinceladas da sua alma.

08/04/2025

[...] - aloneness - no sentido mais antigo do termo. Outrora, a palavra alone (só) era tratada como duas palavras, all one. Estar all one significava estar inteiramente em si, em sua unidade, quer essencial quer temporariamente. É esse exatamente o objetivo da solidão, o de estar inteiramente em si. Ela é a cura para os estados de nervos em frangalhos tão comum às mulheres modernas, aquele que a faz "montar no cavalo e sair cavalgando em todas as direções ", como diz um velho ditado.

A solidão não é a ausência de energia ou de ação, como acreditam algumas pessoas, mas é, sim, um tesouro de provisões selvagens a nós transmitidas a partir da alma. Nos tempos antigos, a solidão voluntária era tanto paliativa quanto preventiva. Ela era para curar a fadiga e para evitar o cansaço. Ela era também usada como um oráculo, como um meio de se escutar o self interior a fim de procurar conselhos e orientação que, de outra forma, seriam impossíveis de ouvir no burburinho do dia a dia.

Trecho do livro Mulheres que Correm com os Lobos de Clarissa Pinkola Éstes.

04/04/2025

Há 06 anos atrás, nesta época do ano, iniciei minha Jornada na Psicologia Clínica, com toda insegurança, medo, angústia pertinentes ao processo de mudança de carreira e de vida, após vivenciar uma ruptura difícil com a área anterior de atuação profissional e ter adentrado à profundidade sombria de um burnout.

Também se misturavam a estas sensações, a esperança, a curiosidade e uma voz interna que dizia "vai, confia, este é o caminho... é aí que você se conectará com sua alma".

E fui... E estou aqui... E continuo indo...

Muitos desafios, perdas, lutas e lutos, dores, derrotas, portas fechadas, dificuldades financeiras, sintomas, inseguranças e (auto)julgamentos, desencontros.

Contudo, como a vida tem seus opostos coexistindo, também tive e tenho tantas conquistas, aprendizados, transformações, presentes, alegrias, amadurecimento, tantos (re)encontros com tantas pessoas e suas histórias singulares, gargalhadas (ah... as gargalhadas ♡), choros de todas as cores, intensidades e vibrações, conexões com diversos mundos humanos, culturais, sociais, espirituais, religiosos, animados e inanimados, fora e dentro deste ser aqui que vos escreve.

Aos que estiveram, aos que estão e aos que estarão nesta Jornada comigo, quero agradecer, por tudo e por tanto, independente do tipo de impacto que gerou em mim.
Hoje, tenho certeza que cada instante de vivência que tive com as pessoas ou sozinha, me transformaram, me trouxeram aqui, neste momento da Vida, nesta noite, em que me encontro com os olhos marejados, com a alma vibrando em gratidão e com sensações que não consigo transmutá-las em palavras - e acho que assim é melhor, pois a essência da alma é e tem o direto de ser sentida.

Que chegue a cada um(a) de vocês, meu carinho e um abraço meu, apertado e afetuoso.

Ani.

PS: foto registrada no auge da pandemia da covid-19 para um trabalho que realizei com colegas psicólogas e pedagogas de vários lugares do Brasil que encontrei através das mídias.
A escrita no papel faz parte de uma música. E hoje, olhei para esta frase como um anúncio, uma mensagem em que eu deixava registrado lá na época passada para mim deste momento atual. Acho que posso chamar de sincronicidade...