A maioria das pessoas reluta muito antes de procurar um psicólogo. Eu mesmo também relutei :)
Isso ocorre porque há muito preconceito envolvido nas questões mentais e emocionais. Pensam que psicólogo é coisa para maluco. Que uma boa conversa com amigos faz o mesmo efeito. Que não há nada que boas férias não curem...
Bem, eu não tenho muita experiência com pacientes psicóticos, os ditos malucos.
Uma conversa de bar com amigos é ótima, recomendo a todos. Mas não tem nada a ver com o aconselhamento profissional. Tirar férias é algo necessário. Todos nós precisamos delas. Elas de fato consertam muita coisa - mas não fazem parte do nosso dia-a-dia. Atendo pessoas normais que encontram nesse trabalho um momento onde falam de si mesmas, de como passaram a semana, de suas dificuldades, conquistas e aspirações. Pessoas como você que trabalham, estudam, se relacionam, mas querem melhorar algo pois percebem que as coisas não precisam ser tão difíceis quanto parecem. E nesse momento de auto-atendimento surgem ideias, saídas, soluções e sacações. Sim, começamos a sacar o porque de várias situações nas nossas vidas - e nas vidas dos que nos cercam. Tecnicamente falando atendo pessoas com depressão, pânico, transtorno generalizado de ansiedade, TOC (transtorno obsessivo compulsivo, como no filme Melhor é Impossível com o Jack Nicholson), problemas de relacionamento, dificuldades no trabalho, TDAH (déficit de atenção e hiperatividade), transtornos alimentares (obesidade, anorexia, bulimia), e fobias. Atendo também pessoas que não tem nada disso e simplesmente querem se conhecer melhor, organizar as ideias, ganhar autocontrole, autoconhecimento, autoestima. Sobre a linha que eu sigo, a Terapia Cognitivo Comportamental tem demonstrado ser uma abordagem eficiente que identifica os pensamentos negativos e trabalha na sua eliminação, bem como nas consequências que algumas crenças que guardamos têm sobre nosso comportamento.