02/04/2024
Vamos pensar um pouquinho nessa letra a partir da ótica da psicologia analítica?
Que máscara é essa? Podemos dizer que é o que chamamos na psicologia junguiana de Persona. Desde quando éramos bebês, fomos aprendendo a moldar nossos comportamentos de acordo com as expectativas do ambiente. Embora não de forma consciente, a criança pensa mais ou menos assim: “eu recebo amor/atenção/cuidado quando sou desse jeito, mas não quando sou daquele” e vai aos poucos selecionando quais aspectos dela vai mostrar para o mundo e quais vai esconder (que se torna nossa Sombra. Se ficou curioso, da uma olhada no meu penúltimo post que falo um pouco disso).
E continuamos fazendo isso nas outras fases da vida, para nos adaptar à escola, trabalho, relações. A Persona não é algo ruim, muito pelo contrário, precisamos aprender a nos adequar nos contextos que estamos inseridos para não sermos prejudicados (imagina que esquisito ir trabalhar numa empresa vestindo roupas de praia só porque tu gosta de praia! As consequencias com certeza vão ser negativas. Então vestimos nossa skin de trabalhador e vamos trabalhar).
Maas, o problema está quando nos identificamos demais com esses papéis, como se fossemos só aquilo. Ou quando essa imagem construída é muito distante de quem realmente somos. E aí os exemplos são infinitos, desde mentir para parecer mais isso ou aquilo, ou ocultar partes de si mesmo para evitar possíveis julgamentos.
A questão é que gera muito sofrimento se esconder da própria verdade, não é?
Afetuosamente,
Psi Brenda Rick
CRP 07/35613