
29/08/2025
COMO PCC USA A FARIA LIMA PARA LUCRAR BILHÕES, SEGUNDO INVESTIGAÇÕES DA RECEITA E A PF
A Polícia Federal, a Receita Federal e órgãos como o Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagraram nesta quinta-feira (28/8) três operações contra um esquema supostamente utilizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo as autoridades, o esquema utilizava fundos de investimentos e empresas financeiras que operam na avenida Faria Lima (principal centro financeiro de São Paulo) para gerar, lavar, ocultar e blindar recursos da atuação da facção no tráfico de dr**as e no setor de combustíveis.
De acordo com reportagem do portal G1, ao menos 42 endereços alvos da megaoperação ficam na Faria Lima.
O PCC é considerado uma das maiores organizações criminosas do Brasil com atuação tanto no tráfico de dr**as doméstico e internacional quanto no setor de combustíveis.
Ao todo, a estimativa da PF é de que o esquema investigado tenha movimentado pelo menos R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
Foram expedidos 14 mandados de prisão, mas até o início da tarde, apenas seis pessoas haviam sido presas.
As três operações se chamam Carbono Oculto, Quasar e Tank.
A primeira foi realizada pelo MPSP em parceria com a PF e com a Receita Federal. As duas últimas foram realizadas pela PF e pela Receita Federal.
De acordo com as autoridades, o principal esquema, investigado pela Operação Carbono Oculto, funcionava em quatro etapas.
Na primeira, importadoras de combustíveis financiadas com recursos da facção compravam remessas de combustíveis no exterior.
O produto então era distribuído a redes de postos controladas pelo PCC em diversos Estados. Estes postos, por sua vez, sonegavam impostos da venda desses produtos ao consumidor final.
A Receita Federal estima que o esquema tenha gerado uma perda de receita de aproximadamente R$ 8,67 bilhões.
FONTE: G1