
18/05/2025
O movimento Confluir Psi se soma às vozes que, há décadas, enfrentam as lógicas de exclusão dos manicômios, das comunidades terapêuticas e de todas as formas de aprisionamento dissimuladas de cuidado. Seguimos afirmando com firmeza: não há cuidado possível sem liberdade.
Lutamos por uma Psicologia presente nos territórios, nas ruas, nos CAPS, nas redes de afeto e solidariedade, junto a quem constrói outros modos de vida possíveis — fora da lógica manicomial, punitivista e medicalizante.
Nossa defesa da saúde mental é também antirracista, anticapacitista, anticolonial. Sabemos que os corpos mais violentados pelos manicômios são os mesmos que historicamente sofrem com o racismo, a LGBTfobia, a pobreza e o abandono do Estado.
Por isso, reafirmamos o compromisso com uma Psicologia antimanicolonial — que reconhece os saberes dos povos indígenas, quilombolas, dos terreiros, das quebradas e das comunidades que resistem ao epistemicídio e às práticas de silenciamento institucional.
Somos contra os muros que separam, mas também contra os saberes únicos que hierarquizam formas de viver e cuidar. Defendemos outras epistemologias do cuidado, que nascem do chão e da escuta, e que compreendem que saúde mental se faz em liberdade, com vínculos e com justiça social.
✊🏾 Pela vida em liberdade, seguimos em luta.