
04/11/2024
➱ Na doença de Alzheimer, o uso da cannabis medicinal tem sido investigado por seu potencial em aliviar sintomas e talvez até influenciar mecanismos subjacentes que aceleram a progressão da doença. Os canabinoides mais estudados para essa condição são o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), devido a seus efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e neuroprotetores.
• No Alzheimer, a inflamação crônica e o estresse oxidativo contribuem para o dano às células cerebrais. O CBD é conhecido por seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, que podem ajudar a reduzir esses fatores de dano. Esses efeitos poderiam, teoricamente, desacelerar a progressão da doença e proteger as células cerebrais.
• Estudos mostram que o CBD pode exercer um efeito neuroprotetor ao proteger as células neuronais contra a toxicidade induzida pela proteína beta-amiloide, que forma as placas associadas ao Alzheimer. Além disso, o CBD pode promover a neurogênese (a formação de novos neurônios), especialmente em áreas do cérebro responsáveis pela memória.
• Pacientes com Alzheimer frequentemente apresentam sintomas como agitação, agressividade, ansiedade e insônia. O THC, quando usado em doses controladas, pode ajudar a reduzir esses sintomas comportamentais, promovendo maior tranquilidade e melhorando o sono.
• Os efeitos da cannabis podem variar de pessoa para pessoa, e altas doses de THC podem piorar alguns sintomas cognitivos ou levar a efeitos adversos como sedação e confusão mental.
• A maioria das evidências provém de estudos pré-clínicos ou ensaios clínicos em pequena escala. É essencial que o uso seja feito com acompanhamento médico e que mais pesquisas continuem a ser realizadas para consolidar esses efeitos, definir dosagens seguras e entender as possíveis interações com outros tratamentos.