25/08/2025
Ela traz no corpo a memória da terra
e na alma o silêncio antigo das estrelas.
Reconhece a verdade como quem ouve um chamado
e não se deixa enredar em esperas sem sentido.
Se movimenta
como rios que rompem margens
e se entregam ao destino do mar.
Não sabe ser metade,
porque nasceu da urgência —
a urgência sagrada de viver o instante
como se fosse o único.
E quando o caminho não floresce,
segue adiante sem olhar pra trás,
guiada pelo instinto que a protege
e pela sabedoria que o tempo lhe concedeu.
Ela não se explica.
É presença, intensidade e verdade.
E deixa no ar um rastro luminoso
de quem sabe que a vida não espera.