21/09/2022
▪️Durante as consultas com meus pacientes, frequentemente ouço relatos que hora ou outra são instigados a terem "amor próprio" com intuito de perderem peso.
▪️Entretanto a obesidade é uma doença CRÔNICA e requer um tratamento e acompanhamento específicoressalto, que até então nenhum estudo científico evidencia que “amor próprio” faz parte deste tratamento.
▪️Uma das definições de "amor próprio", implica num sentimento de dignidade, estima ou respeito consigo mesmo. Porém, evitar ingerir bebidas ao sair com os amigos em uma noite ou comer docinhos em uma festa, aumentaria o "amor próprio" dessa pessoa?
▪️Além de funcionar somente por curtos períodos de tempo, esse tipo de privação impacta principalmente na qualidade de vida dessa pessoa, uma vez que está fazendo algo contrário ao seu desejo.
▪️Desta forma, não há como tratar uma doença crônica somente com "amor próprio", mesmo esta sendo uma estratégia comportamental, pois muitos obstáculos são fisiológicos, como por exeplo o aumento de fome e vontade de comer.
▪️Com isso, faz-se necessário sempre adotarmos estratégias a longo prazo que possam ser aprendidas e aplicadas, não gerando assim um impacto muito grande à rotina das pessoas.
▪️Dentre essas estratégias, temos a de tornar alguns hábitos automáticos, como a necessidade de fazer exercícios físicos, aferir o peso frequentemente, uma reeducação alimentar com acompanhamento, etc.
▪️Outro fator importante é desestigmatizar o conceito de que obesidade não é uma doença, e por ser crônica, necessida de um acompanhamento crônico também, como medicações para inibir a fome (se necessário) ou considerar cirurgias.
▪️Por fim, achar que “amor próprio” é o suficiente para tratar da obesidade é não ter entendimento mínimo necessário da fisiologia da obesidade!
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Dr. Everton Almeida🩺
Médico Nutrólogo
CRM/RO 3808
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