
12/01/2024
É uma epidemia,
A construção da mulher guerreira que consegue dar conta de tudo, levando em consideração apenas a necessidade de ser forte, produtiva, bem sucedida, vem aumentando exponencialmente,
Muitas de nós, mulheres guerreiras, não tem a opção de ser outra coisa. A vida nos deu pedras, então estamos sim, preocupadas em construir o nosso “império” com elas, na expectativa de que os dias de guerra se tornem dias de paz.
O problema começa quando ignoramos a tapeçaria intrínseca, que envolve a vulnerabilidade e o fio essencial dessa qualidade, na discussão do que é ser uma mulher forte.
“Estamos” sendo fortes, ou apenas atuando de acordo com o que os outros acham que deveríamos ser?
A sociedade exige uma mulher resiliente, inabalável, multitarefas, trabalhadora, autossuficiente. Há certo reconhecimento nisso. Mas pouco apoio quando a base não se sustenta.
As pessoas tem a péssima tendência de desvalorizar o que não entendem, e por isso invalidam a vulnerabilidade, sinalizando-a como sinal de fraqueza. Porém é exatamente essa característica que nos torna mais fortes, justamente porque ela nos proporciona manejo para o crescimento emocional.
Nos permitimos laços mais profundos com aqueles que entendem o que nos traz desconforto. E fazemos (deveríamos, pelo menos) isso nos permitindo a uma conexão genuína com quem pode ajudar em tempos difíceis. Construímos uma rede de apoio legítima…
Ao enfrentar e compartilhar as sombras de suas próprias inseguranças e medos nos tornamos mais capazes de lidar com as adversidades, desafiando estereótipos e parando de aceitar comparações de como deveríamos nos portar.
Não existe um padrão de mulher guerreira,
Cada mulher é única, e segue a sua batalha diária.
O que nos une é a vulnerabilidade…
Como algo que nos une poderia então nos deixar mais fracas?
Pense nisso,