14/08/2025
A mulher que habita em mim tem a alma firme, mas carrega cicatrizes de quem aprendeu a se levantar depois da queda.
Seus olhos enxergam além; sabem decifrar verdades no silêncio. O abraço é reservado para quem merece, porque nem toda proximidade vale a perda de energia.
O sorriso ainda escapa fácil, uma luz que brilha mesmo nos dias cinzentos. Ela chora nas pequenas derrotas, mas enfrenta as grandes batalhas com o peito aberto.
Encontra conforto em amigos e no silêncio da própria companhia. Não se entrega sem cautela, o amor ensinou a ser cuidadosa, mas acredita, apesar das marcas no peito. Moldada pela dureza das perdas e suavidade dos reencontros, cada lágrima foi aprendizado, cada amanhecer uma chance de recomeçar.
A natureza trouxe equilíbrio em meio ao caos. Não tem todas as respostas; tropeça em dúvidas, se cobra demais. Mas aprendeu a perdoar, porque crescer é imperfeito. Guarda histórias que a fizeram se sentir viva e renovada.
Ainda não está completa; vai errar, sofrer, se reinventar. E quando olhar para trás, sorrirá com orgulho, sabendo que valeu cada passo, escolha e coragem. Eu sou essa mulher — que honra sua história, abraça contradições e nunca deixa de sonhar. Sou minha maior obra, feita de força, luta e amor, pronta para voar ainda mais alto.
— Larissa Falcão