06/08/2020
"Meu amor, o Heitor Hideki, nasceu dia 13/06/20, com 4,255kg, 53,5cm, de parto cesárea e com 39+3.
Tive alguns problemas para amamentar.
Tudo começou no hospital. Havia um programa de amamentação, onde as enfermeiras tentavam auxiliar na pega correta, mas sem sucesso. Ele não conseguia de jeito algum e, após 2 dias de diversas tentativas, lágrimas e gritos de fome, pedi a fórmula. Um tempo depois, acabaram sugerindo o bico de silicone e aceitei esta alternativa. Ele conseguia sugar, mas não mantinha a sucção. E mais lágrimas e gritos.
Informaram que a língua dele era "presa", mas em grau leve e iria "curar sozinha".
Chegando em casa, continuei com a fórmula e com as tentativas frustadas do peito. Certa vez fiquei 15 min tentando, enquanto ele gritava.
Com o bico de silicone, vieram fissuras e sangue. E mais dor!
Chamei uma consultora de amamentação e ela identificou que o grau do frênulo da língua dele era alto. Ele não ia fazer a pega.
Levei na Odontopediatra, que confirmou tudo e realizou a frenectomia. A língua ficou ótima e ele passou a sugar tão forte que eu via estrelas cadentes. Fiquei extremamente dolorida e de 1 a 10 a escala de dor era sempre 10.
Chamei novamente a consultora e fiz mais uma sessão a laser. Melhorou, mas depois ficou ainda pior. Descobri uma candidíase mamária e não conseguia mais amamentar, pois latejava e sentia fisgadas. Fiz mais sessões a laser e curei.
Confesso que no meio de todo esse processo, cheguei a me desanimar totalmente.
Hoje ainda sinto muita dor mesmo com a pega correta, pois a minha sensibilidade é extremamente alta. Mas, depois de tudo que passamos e todas as lágrimas que já derramei, fazer a amamentação dar certo é uma questão de honra e vitória do amor.
Ver o olhar dele para mim, enquanto amamento, é a coisa mais incrível que já aconteceu.
Eu estou conseguindo!"