14/09/2025
Ele foi embora com outra
Quando uma mulher descobre que o parceiro decidiu seguir sua vida ao lado de outra pessoa, a sensação que surge é de um abismo emocional. O abandono afetivo pode gerar um sofrimento profundo, marcado por mágoa, incredulidade e dor. Esse tipo de ruptura não se limita ao fim de um relacionamento; ele fere a autoestima, abala a confiança e pode desencadear processos psicológicos intensos, semelhantes ao luto.
O luto do abandono amoroso
Assim como quando se perde alguém pela morte, a perda de um amor, sobretudo quando ocorre de forma inesperada e com a presença de uma terceira pessoa, pode ser devastadora. A mulher sente que algo lhe foi arrancado. Há tristeza, raiva, choque e até negação. Importa ressaltar que nada disso é culpa dela: a escolha de ir embora pertence ao outro, e não há justificativa para responsabilizar quem ficou.
Ansiedade, mágoa e seus efeitos
A mágoa, se alimentada, pode se transformar em ressentimento e até em adoecimento emocional. O corpo reage: insônia, taquicardia, crises de choro e até sintomas de ansiedade generalizada podem surgir. Muitas mulheres, nesse momento, passam a duvidar de si mesmas, questionando seu valor, como se tivessem sido insuficientes — quando, na realidade, o abandono fala mais sobre quem partiu do que sobre quem foi deixada.
Como superar
Superar uma dor tão intensa é um processo gradual. Alguns caminhos importantes incluem:
Permitir-se viver o luto: não reprimir sentimentos, mas reconhecê-los.
Buscar apoio: conversar com amigas, familiares ou um profissional de psicologia.
Resgatar a autoestima: redescobrir interesses, cuidar do corpo e da mente.
Praticar o perdão: não para justificar a atitude do outro, mas para libertar-se do peso da mágoa.
Olhar para o futuro: compreender que, apesar da dor, novos capítulos podem ser escritos.
Um novo sentido
Ele foi embora com outra. Mas a mulher que ficou não deve permanecer aprisionada ao gesto de abandono. A vida, ainda que marcada por cicatrizes, continua. E a superação nasce justamente do reconhecimento de que ninguém é definido pelo amor que lhe foi negado, mas pela capacidade de renascer e encontrar novamente motivos para viver, amar e acreditar em si mesma.