19/11/2025
A atresia coli é uma causa rara de cólica, com incidência em torno de 0,44-3,1% (Rocha et al., 2020), onde os potros nascem sem alteração, porém dentro das primeiras 24-48 horas de vida os sinais de desconforto abdominal aparecem, além da não eliminação de mecônio e distensão abdominal (Biasutti et al., 2017; Holcombe, 2003; Mair, et al., 2002). Neste caso, o potro com 48 horas de vida, foi encaminhado por não se observar a eliminação do mecônio após o parto e desconforto abdominal. Apresentou lactato sanguíneo de 9,5 mmol/L (referência ≤2 mmol/L) e glicemia de 525 mg/dL (referência 72-126mg/dL). A ultrassonografia abdominal, através do teste Flash (Bussoni et al., 2011), revelou alças de intestino delgado distendidas, não túrgidas, na porção ventral esquerda e a não observação do cólon maior em sua posição anatômica. Durante a exploração abdominal encontrou-se intestino delgado com conteúdo líquido, ceco repleto de conteúdo pastoso, cólon maior sub-desenvolvido, havendo somente a porção ventral, sem flexura pélvica, finalizado em fundo cego e sem presença do cólon transverso, menor e reto, determinando o quadro de atresia coli tipo III. Havia presença de ampola retal, fechada na pelve. Diante do diagnóstico e da gravidade do quadro, foi realizada a eutanásia na mesa cirúrgica. Não foi realizado exame histopatológico. A correção cirúrgica desta patologia tem sido relatada em potros, porém com baixo sucesso (Holcombe, 2003; Bartmann et al., 2002). Segundo a literatura (PLESSIS et al., 2017, Santschi, 2002) o prognóstico depende de qual segmento se encontra ausente, sendo na maioria dos casos considerado desfavorável.