04/11/2025
O excesso de peso está associado ao aumento do risco de diversos tipos de câncer, sendo considerado hoje um dos principais fatores modificáveis na prevenção oncológica.
Estima-se que mais de 100 mil casos por ano poderiam ser evitados com o controle da obesidade.
Isso ocorre porque o tecido adiposo em excesso mantém o organismo em inflamação crônica, eleva hormonas como insulina e estrogênio — que favorecem a proliferação celular — e ainda compromete o sistema imunológico, reduzindo a capacidade de identificar e eliminar células malignas.
Entre os cânceres que podem apresentar maior incidência em pessoas com obesidade estão os que acometem o sistema digestivo (como esôfago, estômago, fígado, pâncreas, intestino e vesícula biliar), além de mama, útero, endométrio, ovário, próstata, testículo, rim e bexiga, e também alguns tumores hematológicos, como linfomas e leucemias. Há ainda aumento de risco em tumores de tireoide e cérebro.
Quando o tratamento clínico isolado não alcança resultados satisfatórios, a cirurgia bariátrica torna-se uma ferramenta segura e altamente eficaz, capaz de reduzir inflamação sistêmica, melhorar a resistência à insulina, normalizar o perfil hormonal e diminuir a gordura visceral — a mais associada ao risco oncológico.
Dados de longo prazo mostram que pacientes operados apresentam menor incidência e mortalidade por câncer.