09/10/2025
O intestino não é apenas um órgão digestivo, é um centro de comunicação com o cérebro, o sistema imunológico e o comportamento. Mesmo assim, em 2025, investigar a microbiota ainda não é protocolo clínico na rotina de cuidado com autistas.
A revisão publicada na Frontiers in Microbiology analisou 33 estudos sobre intervenções probióticas, prebióticas, simbióticas e transplante de microbiota f***l (FMT). O resultado é claro: quando o intestino é tratado, os sintomas gastrointestinais melhoram … e o cérebro responde. A modulação intestinal reduz processos inflamatórios, estabiliza o humor, melhora o sono e impacta vias neuroquímicas associadas à cognição.
O intestino responde, sempre. Mas a intensidade e o tempo dessa resposta variam entre indivíduos, porque cada microbioma é único. São bilhões de micro-organismos interagindo com genes, nutrientes, enzimas e hormônios em uma rede viva e dinâmica. Por isso, todas as intervenções com foco intestinal (dietéticas, simbióticas ou de reposição enzimática) produzem efeitos, ainda que em graus diferentes. O que muda não é a eficácia do caminho, e sim a biologia de quem o percorre. Essa diversidade não é obstáculo: é a prova da complexidade e da inteligência metabólica humana que a medicina ainda tenta simplificar.
Enquanto a prática convencional segue priorizando o controle de sintomas, a abordagem integrativa propõe o oposto: compreender o intestino como o primeiro exame do cérebro. Ignorar o eixo intestino-cérebro é perpetuar tratamentos fragmentados, quando o corpo pede integração.
A microbiota é tão necessária até mesmo para absorver as medicações portanto não negligencie esse órgão tão importante para a saúde mental .
A ciência já mostrou o caminho. O que falta é transformar evidência em conduta nos consultórios convencionais.