01/12/2025
Não sou de saudar meses, mesmo assim te convido a pensar sobre a chegada de dezembro…
Um mês que inicia como quem abre uma porta devagar, pedindo silêncio para entrar…
Não é um anúncio do fim… é um intervalo entre intenções, entre marcos de tempo…
Há algo de luminoso e melancólico em dezembro…
As luzes piscam nas casas, mas dentro da gente existe uma vontade de desacelerar… de recolher o que se espalhou… de guardar as alegrias pequenas como quem dobra roupa limpa com cuidado…
Este é o mês em que o mundo corre, mas o corpo pede menos…
Pede chão…
Pede abraço…
Pede presença…
Talvez seja o momento ideal de reconhecer que algumas coisas foram peso e outras foram pouso…
E que sobrevivemos às pressas, às perdas, às esperas… mas também vivemos momentos que só existem porque estávamos lá para notar…
E, por isso, dezembro não é saudação… é sussurro…
Um convite discreto para encerrar o que dói, honrar o que ficou e abrir espaço para o que, enfim, pode começar…