
28/01/2025
A psicanálise nos convoca a um renascimento. Se há algo que a análise pode alcançar, é a restituição de nosso lugar de autoria no mundo, o provocar saltos onde não se tem garantia, mas ir mais, ainda. O ficar em carne viva não tem relação com um eu que se adapta ao mundo. Na guerra por um lugar ao sol, é a pulsão quem ganha, seja no salto livre leve solto, seja na construção de sintomas neuróticos, onde se tem medo justamente do que se deseja. As exigências pulsionais não ficam em silêncio. A análise faz aliança com a pulsão, uma práxis que se produz por efeito de superação constante, deixar de ser eu, para ir além de si mesmo. Como o inconsciente é um estado de variação contínua, quanto mais se transita de uma língua dominante, com seu teor de recalque, para um idioma originário, mais a linguagem perde a função de representação. Um caminho único não recebe explicação de nenhum outro saber. É preciso constantemente retomar essa preciosidade na clínica, quando o narcisismo de ser amado segundo um sistema de juízo social, faz as pessoas acreditarem saber quem são e para onde vão.
Estas e outras questões estão sendo trabalhadas no grupo de estudo sobre a Clínica psicanalítica, o grupo está aberto a novos interessados.