
29/08/2025
with - Reconhecer a obesidade como doença implica, entre várias outras coisas, também entender que existem vários tratamentos possíveis para ela, desde estratégias comportamentais isoladas (na maioria das vezes com eficácia pequena a longo prazo), assim como a combinação dela com tratamentos farmacológicos (que vem se popularizando mais nos últimos anos por maior eficácia), e cirurgia bariátrica para pacientes com obesidade mais grave.
👉Infelizmente, ainda existe uma cultura de separar tratamento clínico e cirúrgico como entidades completamente diferentes e não um contínuo de cuidado e até mesmo complementares (há quem precise de medicamentos após cirurgia, por exemplo); quanto mais opções tivermos e mais unif**ado for o discurso de quem trata obesidade, melhor para o paciente!
👉Infelizmente, ainda vejo uma cultura de muitos comemorarem novas medicações como uma opção de extinguir a cirurgia no futuro (o perfil médio do paciente pode mudar, mas ainda há muito espaço para ela); assim, como vejo cirurgiões sobrevalorizarem efeitos colaterais de medicações ou até torcerem contra dados de segurança ou facilidade de acesso; ambas as posturas são ruins. Nenhum tratamento é perfeito e reconhecer forças e limitações é essencial de todos os lados!
👉Andar junto é fundamental: valorizar que a barreira científ**a do tratamento da obesidade foi quebrada; focar em quebrar a barreira do estigma (ainda muito presente em ambos os tratamentos) e a barreira do acesso (cirurgia é oferecida pelo SUS, mas a fila de espera é gigante e não há acompanhamento pós operatório; medicamentos não estão disponíveis, mas a luta segue). A obesidade é uma doença séria, mas que pode ser tratada! E quem a trata deve se unir!