
13/07/2025
Essa foto tem pouco mais de 1 ano, e estou agora tão diferente (em todos os sentidos!). Mas, quando pensei nesse post, ela me veio à cabeça. Ou pensei nesse post porque ela me veio à cabeça? Não sei, um pouco de cada, provavelmente.
Dia desses estava andando aqui por Joinville, dia de sol, lindo, a cidade bonita com os morros, muito verde ao redor. E pensei - nossa! Como faz falta o contato com a natureza - quando morei em Santos, Paulínia, Porto Alegre e Pelotas - eu tinha bem definido os lugares e momentos onde eu unia duas coisas que me fazem muito bem - atividade física com contato com a natureza. Aqui, ainda não tenho - aconteceu tanta vida no 1 ano e meio que estou aqui - que ainda não consegui estabelecer esse padrão.
Pensando, então, senti. Não é a cidade que faz uma boa vida, nem tantas coisas que costumamos nos dizer que fazem. O que faz uma boa vida (já diria esse livro) são as conexões. As trocas. As pessoas, ambientes, rotinas e momentos que temos ao nosso redor. Eu acrescentaria que nossa consciência sobre a vida, quem somos, nossos desejos e realizações, também. Não dá pra ter uma boa vida sem estarmos cientes dela, balançando o que vai bem, com o que nem tanto.
Quando estamos presos em comparações, cobranças, automatismos, frustrações, emoções que não reconhecemos, pouco contato com quem somos e como lidamos com as coisas… nos afastamos muito do sentir a vida como boa. Nos dizemos que precisamos de mais, ser mais, fazer mais, ter mais. Ou que precisamos de outros, outros lugares, outros parceiros, outras pessoas, outras conquistas.
Às vezes, pode ser que precisemos mesmo. Mas, em essência, o que precisamos mesmo é reconhecer. A vida também pode ser (muito) boa como ela é. Basta termos a coragem de aceitarmos - e enfrentarmos - quem somos diante dela, construindo diariamente aquilo que nos aproxima dessa realização.