20/10/2025
Nos últimos meses, vivi o que muitas mulheres silenciam: o peso do automático, o esgotamento disfarçado de força, o corpo pedindo pausa enquanto a mente segue inquieta.
A depressão me visitou novamente e, dessa vez, ela veio mostrando o quanto o emocional e o ginecológico dançam juntos. Tudo o que o corpo não conseguia dizer em palavras, ele gritou em sintomas: ciclo longo, coágulos, inflamações, espinhas...
Senti um peso difícil de nomear. Cheguei a questionar minhas missões, sonhos para 2025. Me perguntava: "este é o meu ano do Sol! Por que tudo tem me convidado a visitar minhas sombras?" Quem me conhece sabe o quanto o Tarot está presente em minha jornada.
Entre nos despedir de forma dolorosa e traumática de Beijinho (nossa cãopanheira tão amada), meses no hospital com minha mãe, ver a saúde e segurança de Jasmim em risco... Minha própria saúde mental ficou em frangalhos e reverberou no corpo físico.
Mas foi ali, no meio da dor, que percebi: cuidar da saúde mental também é cuidar do útero, do coração, da vida. Pude enxergar com clareza a mensagem dO Sol para meu ano de 2025: a verdadeira luz não é ausência de escuridão, mas a coragem de olhar para ela sem fugir. Trazer à
tona o que precisava ser visto para que a minha essência autêntica e inteira pudesse se manifestar.
Desde então, voltei a praticar o que ensino: respirar, respeitar o tempo, acolher o corpo que insiste em recomeçar.
Não é um processo linear. É um caminho de refazer sonhos, de recalcular rotas, de voltar a sentir segurança, de aprender a viver com o que ficou.
Hoje, escolho voltar pra mim.
Voltar a minha rotina, aos atendimentos, a minha missão.
Se você também está atravessando o escuro, não precisa correr.
Respira.
Cuida do corpo.
Cuida da alma.
Porque mesmo quando tudo parece parado, a vida ainda está florescendo em silêncio. 🌻
Sou Plantadeira e sigo aprendendo que o autocuidado é uma escolha diária, mesmo nos dias nublados.