Psicóloga Lídia Teixeira La-Rocca

Psicóloga Lídia Teixeira La-Rocca Psicoterapeuta. Atendimento de adolescentes (a partir de 14 anos) e adultos, on-line ou presencial. Olá! Seja bem-vindo(a)!!

Sou psicóloga formada pela Universidade Católica de Pelotas, especialista em Terapias Cognitivo-Comportamentais pelo InTCC (FAMAQUI). Faço atendimentos presenciais na cidade de Pelotas/RS, e atendimentos on-line.

Revitalizei meu cartão profissional. Agora, ele carrega meu nome completo: Lídia Teixeira La Rocca.Sempre fui de escutar...
03/07/2025

Revitalizei meu cartão profissional. Agora, ele carrega meu nome completo: Lídia Teixeira La Rocca.

Sempre fui de escutar mais do que falar. Desde a escola, as pessoas confiavam em mim pra desabafar, pedir conselhos, dividir suas dores. Com o tempo, fui entendendo que relações precisam ser de troca, e que escutar também é um tipo de presença.

Antes da Psicologia, me formei em Direito. Estagiei na promotoria da infância e juventude, e me encantava com os laudos feitos pela equipe técnica do fórum. Já havia em mim um desejo silencioso de entender o que se passava dentro das pessoas, e dentro de mim também.

Em 2009, meu filho nasceu. E foi ali que comecei a fazer terapia. Ainda tentava seguir outro caminho, mas a escuta e o cuidado com o outro me puxavam pra algo mais essencial. Em 2015, me formei em Psicologia. Já sabia que era isso.

Mas há uma origem mais íntima nessa escolha. Uma marca que vem da minha avó. Ela foi minha maior inspiração: leve, criativa, engraçada, cheia de afeto. Mais tarde, descobri que ela era bipolar. Quando entrou em depressão, eu cursava Direito. Os últimos anos dela foram difíceis e silenciosos. Aquela mulher que era minha referência foi, aos poucos, se apagando.

“Teixeira” não era seu sobrenome de nascimento, mas foi o que adotou ao se casar com meu avô. Carrega, pra mim, o peso das memórias: a casa das férias, os vínculos que me moldaram.

Na época em que ela faleceu, escrevi: “Tive duas avós de nome Célia Maria Bulcão Teixeira. Uma delas ‘foi embora’ há 12 anos atrás… com muitas tentativas e sentimentos de impotência diante da presença física que já não abrigava mais o espírito leve, engraçado, criativo e afetivo que havia.”

Hoje, sei que minha escolha profissional também passa por ela. Por tentar compreender o que nos desorganiza, o que nos afasta de quem somos, e o que nos reconecta à vida.

Atuo com escuta clínica porque acredito na força das palavras, mas também nos silêncios. Porque sei o valor de alguém estar ao nosso lado quando a gente se sente perdido de si.

Se essa história ressoou em você de alguma forma, minha escuta está por aqui.

Reparei que estou me fazendo mais presente por aqui, neste período de recesso/férias de final de ano, compartilhando alg...
26/12/2024

Reparei que estou me fazendo mais presente por aqui, neste período de recesso/férias de final de ano, compartilhando alguns conteúdos nos stories… Acho que foi a maneira que encontrei de manter aquecida a conexão com meu fazer de psicóloga, que me ensina tanto, a cada dia.

Um trabalho que é vivenciado de forma subjetiva, artesanal, criativa, afetuosa, que sempre é capaz de surpreender, e que também exige muita entrega e disponibilidade – e não estou falando só sobre o meu papel neste processo.

É também sobre cada pessoa que se permite vivenciar as transformações de um processo terapêutico, enfrentando suas dores, suas histórias e suas possibilidades. Este ano me trouxe tantas aprendizagens que ainda estou digerindo, mas uma certeza f**a: a riqueza da experiência humana está na nossa capacidade de criar sentidos e nos conectar com os outros, mesmo nos dias mais desafiadores.

Que 2025 seja um ano de ainda mais trocas, crescimento e presença. Obrigada a quem caminhou comigo até aqui – pacientes, colegas, amigos e familiares. Vocês fazem parte dessa jornada.

Nos encontramos no próximo ciclo! 🌱

Pagina do livro “Cartas a um Jovem Terapeuta”, Contardo Calligaris. Assunto delicado e necessário: ser terapeuta é, ante...
17/09/2024

Pagina do livro “Cartas a um Jovem Terapeuta”, Contardo Calligaris. Assunto delicado e necessário: ser terapeuta é, antes de qualquer coisa, ser humano. O trabalho na clínica me faz repensar continuamente no ser humano que eu sou… e não é fácil viver a vida dessa forma, mas é o caminho que escolhi, pelo menos por hoje. Fico honrada diante de cada ser humano que me escolhe como terapeuta e me esforço continuamente - mesmo humanamente falhando inúmeras vezes - para construir de forma verdadeira e afetuosa essa entrega mútua: ninguém sai imune. 🤍

Nos relacionamentos, muitas vezes carregamos uma série de expectativas, crenças e padrões de comportamento que nem sempr...
27/03/2024

Nos relacionamentos, muitas vezes carregamos uma série de expectativas, crenças e padrões de comportamento que nem sempre são conscientes. Esses “contratos inconscientes” podem influenciar signif**ativamente a dinâmica do relacionamento e a forma como nos relacionamos com nosso parceiro. Seguem alguns exemplos desses contratos e como eles podem afetar os relacionamentos:

Contrato da reciprocidade: sugere que esperamos que nossas ações e investimentos no relacionamento sejam correspondidos de forma igual ou proporcional pelo nosso parceiro. Quando este contrato é quebrado, podemos sentir ressentimento ou injustiça.

Contrato do sacrifício: muitas vezes, acreditamos que devemos sacrif**ar nossas próprias necessidades e desejos em prol do relacionamento ou do parceiro. Isso pode levar à sobrecarga emocional e ao esgotamento se não houver um equilíbrio saudável entre dar e receber.

Contrato do resgate: alguns de nós podem se encontrar repetidamente em relacionamentos onde sentimos a necessidade de “resgatar” ou salvar nosso parceiro de seus problemas ou dificuldades. Isso pode resultar em padrões de co-dependência e desequilíbrio no relacionamento.

Contrato do silêncio: implica que certos tópicos ou problemas são tabus e não devem ser discutidos no relacionamento. Pode levar à falta de comunicação e ao acúmulo de ressentimento não expresso.

Contrato da perfeição: muitas vezes, esperamos que nosso parceiro seja perfeito e atenda a todas as nossas expectativas. Isso pode levar a uma sensação de insatisfação constante e dificultar a aceitação do outro como ele realmente é.

Contrato da autonomia: alguns indivíduos podem ter um contrato interno que valoriza excessivamente a independência e a autonomia, tornando difícil para eles se comprometerem verdadeiramente e se conectarem emocionalmente com seu parceiro.

Desvendar esses contratos inconscientes requer autoconhecimento, comunicação aberta e disposição para explorar e desafiar nossas crenças e padrões de comportamento. Ao trazer esses contratos à luz e trabalhar para transformá-los em acordos conscientes e saudáveis, podemos promover relacionamentos mais autênticos e satisfatórios.

Sim ou não?!
26/12/2023

Sim ou não?!

Quem aí tirando “férias” da terapia no final do ano?! 🤣  Continuação do trecho do livro:“Se recomeçam a beber ou trair, ...
26/12/2023

Quem aí tirando “férias” da terapia no final do ano?! 🤣

Continuação do trecho do livro:

“Se recomeçam a beber ou trair, se fizeram ou deixaram de fazer algo que agora as envergonha, podem preferir se esconder do terapeuta (e de si mesmas). O que esquecem é que a sala de terapia é um dos locais mais seguros para trazer a sua vergonha. Mas, em face da mentira por omissão, ou do confronto com sua vergonha, podem se esquivar totalmente. O que, logicamente, não resolve nada.”

— Talvez você deva conversar com alguém: Uma terapeuta, o terapeuta dela e a vida de todos nós de Lori Gottlieb
https://amz.onl/hOBSe2N

Andei ausente por aqui, mas ganhei presença. Querem saber o que se passou? É bem íntimo e delicado, talvez inapropriado ...
07/12/2023

Andei ausente por aqui, mas ganhei presença. Querem saber o que se passou? É bem íntimo e delicado, talvez inapropriado fazer esse relato sem saber exatamente quem vai ler, mas mesmo assim vou tentar traduzir através de algumas (cuidadosas) palavras. Viajei com amigas no início de março desse ano, e me dei conta que estava carente de mim. Éramos cinco mulheres dentro de um carro, com muitos quilômetros a serem percorridos. Elas contavam histórias vividas por elas, enquanto passávamos por paisagens variadas (uma delas ficou registrada nessa foto do post) no trajeto, e fui percebendo que as situações e detalhes descritos me traziam lembranças e memórias de outros relatos, que não eram meus, e que não podiam ser partilhados: estavam protegidos pelo sigilo profissional. Isso é algo muito maluco no fazer da vida de terapeuta: nosso psiquismo e universo afetivo vão sendo recheados e permeados de outras vidas, que, inclusive, muitas vezes parecem mais interessantes do que a nossa. E, nesse caso, foi f**ando evidente pra mim que eu precisava tornar a minha própria vida mais interessante, inclusive pra poder ser uma terapeuta “menos invejosa” e também mais presente na prática clínica. Foi aí que se impôs a questão emblemática: o que, afinal, signif**a ter uma vida interessante? O psicanalista Contardo Calligaris, antes de morrer, nos deixou suas reflexões acerca do tema. Ele afirmava que preferia ter uma vida interessante do que uma vida feliz, e escreveu o livro “O Sentido da Vida” esmiuçando essa teoria. De lá pra cá, passei a questionar mais sobre o que, pra mim, signif**a ter uma vida interessante. As respostas não são fixas e eventualmente são e serão revisitadas e revisadas. Algumas mudanças aconteceram, e outras tantas ainda estão por vir. A tentativa de ter “uma vida feliz” acaba sendo muito limitada em relação às nossas possibilidades: viemos ao mundo pra viver todas as emoções que esperam por nós, não nascemos apenas pra sermos “felizes”.

Que nesse final de 2023, em 2024 e enquanto estivermos desfrutando dessa experiência humana tão complexa, tenhamos a coragem de viver histórias repletas de íntimos signif**ados.

Endereço

Pelotas, RS

Telefone

053981470667

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