
04/08/2025
A autoestima não é essa certeza inflada de que tudo em nós é sempre bonito, certo, brilhante. Ela não mora na performance perfeita, nem no reflexo que a gente gostaria de ver. Autoestima é o que sobra quando a máscara cai. É a força silenciosa que nos sustenta quando percebemos que estamos longe dos ideais que criamos pra nós.
Ela aparece no espelho justamente nos dias em que evitamos o espelho. Nos dias em que duvidamos de tudo e, mesmo assim, decidimos continuar. Porque autoestima não é sobre se amar sem pausas, é saber que mesmo nas pausas, nos vazios, nas falhas, a gente ainda é merecedor de cuidado.
Autoestima é o que segura a nossa mão quando a crítica interna grita. É a coragem de existir com as partes que doem, com os pedaços mal resolvidos, com o que ainda não aprendemos a aceitar. É o contrário da perfeição. É a companhia que escolhemos ser pra nós mesmos quando ninguém está olhando.
Não é se sentir suficiente o tempo todo. É se acolher mesmo se sentindo insuficiente.
É entender que amor-próprio também tem dias de silêncio. E que tudo bem.