01/08/2023
Emagrecer com saúde
A nutricionista Débora Saraiva de Paula, da Endoclínica de São Paulo, destaca que saúde é muito mais importante do que estética e que é preciso observar o peso no qual a pessoa se sente bem. “A questão do peso é muito variável de um para outro. O IMC [índice de massa corpórea] é um norte geral para a população, mas não é específico”, explica ela.
O IMC calcula se uma pessoa está ou não no peso ideal com base na divisão do peso pela altura ao quadrado. Resultados menores do que 18,5 indicam magreza; entre 18,5 e 24,9 são considerados normais; entre 25 e 29,9 indicam sobrepeso; entre 30 e 39,9 apontam para obesidade; se forem maior que 40, trata-se de obesidade grave.
Embora seja útil, o cálculo não leva em consideração, por exemplo, a porcentagem de massa magra, composta principalmente por músculos. Uma pessoa com IMC igual a 40 pode tanto ser obesa mórbida quanto muito musculosa.
A especialista indica também que se basear apenas nessa medida para definir quanto uma pessoa obesa precisa emagrecer é arriscado. “O obeso pode até ter uma meta ideal, mas não é algo que ele vai conseguir bancar, por questão genética. Osso largo de fato também existe”, afirma.
O melhor a se fazer, segundo Débora, é controlar a diabete, a pressão alta e outros fatores ligados à saúde. “Questão estética é decorrência”, pontua. “Quando se está em bom hábito alimentar, naturalmente vai perder peso. Costumo dizer que [emagrecer] é consequência, não objetivo.”