27/04/2016
A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é uma patologia frequente e de maior incidência no membro superior, que consiste na compressão do nervo mediano no interior do túnel do carpo. Essa alteração neuromuscular atinge principalmente trabalhadores que desempenham atividades de intensa movimentação do punho (digitadores, escritores, pessoas que trabalham no computador e costureiras, justamente por serem atividades manuais ou que forçam uma mesma posição das mãos), gerando sobrecarga da musculatura devido aos movimentos repetitivos, posturas inadequadas, compressão mecânica, excesso de força usada durante a realização das atividades, entre outros.
A causa da STC é desconhecida, porém a gravidez, hipotireoidismo, pós trauma de fratura de colles, doenças sistêmicas como artrite reumatoide, lúpus, diabetes mellitus, também estão relacionadas com as causas desse mal.
Esta doença caracteriza-se pela presença de dor, parestesia (formigamento) nos quatros primeiros dedos das mãos e no punho, dor no braço ao realizar movimentos finos, hipoestesia (diminuição da sensibilidade) na região de nervo mediano.
Dentre os tratamentos cirúrgicos, os dois mais comuns são a cirurgia aberta e a cirurgia endoscópica. Ambos os procedimentos têm o objetivo de liberar a pressão no nervo mediano por meio de corte cirúrgico do ligamento transverso e, assim, alargar o túnel do carpo para oferecer mais espaço ao nervo. Já o tratamento não cirúrgico (conservador) abrange mudança de hábitos, como redução ou eliminação de movimentos repetitivos das mãos, uso de talas imobilizadoras no pulso durante a noite ou a administração de medicamentos anti-inflamatórios e etc.
A fisioterapia possui vários recursos para realizar tanto a prevenção quanto o tratamento da STC, dentre eles temos os exercícios de alongamentos e fortalecimentos, exercícios de amplitude de movimento e recursos eletroterapêuticos e etc.
O objetivo é desinflamar a região, diminuindo a dor e aumentando a capacidade de movimentação do punho e dos dedos.
As sessões devem ser realizadas diariamente, mas este pode ser um tratamento demorado, especialmente se o paciente não deixar de realizar movimentos repetitivos ou que forcem muito a articulação do punho e da mão.