Carla Ruiz Psicóloga

30/01/2025

09/01/2024

Evitar o sofrimento negando a realidade, sentimentos ou comportamentos, é algo mais comum do que se pode imaginar, principalmente diante de situações traumáticas ou muito difíceis de enfrentar.

De alguma forma, negar uma realidade incômoda pode até parecer mais confortável, mas é um comportamento que tem efeito apenas temporário, que mantém a dor exatamente onde está.

A negação cria a falsa sensação de que não existe dor ou de que ela diminui imensamente. Essa, porém, é uma ilusão que nos distancia cada vez mais da verdade, podendo inclusive, se consolidar em nossas mentes - criando um novo problema. É o caso das pessoas que, mais do negarem um problema que elas sabem a existir, passam simplesmente a ignorá-lo por completo. 😑

Para lidar com o sofrimento, o fracasso, as perdas ou o medo, é preciso estar pronto para se deparar com a dor e com a angústia, e nem todos estão dispostos a enfrentar isso.

No entanto, sem se debruçar sobre a verdade, não há como solucionar internamente o desconforto que ela causa, nem desenvolver os recursos emocionais necessários para lidar com ela.

Essa negação normalmente adia qualquer tomada de decisão que envolva o assunto, o que pode aprofundar ainda mais o problema do qual se quer tanto fugir. Muitas pessoas se negam até mesmo a pensar sobre ele - o que leva a um estado permanente de tristeza, às vezes sem que ela própria saiba o motivo.

A psicoterapia - normalmente recomendada por algum familiar ou amigo - pode ajudar uma pessoa em estado de negação a retomar o contato com a realidade e ressignificar sua dor, com enfrentamento e crescimento pessoal.

Negar uma dor pode até parecer inevitável à primeira vista, mas prolongar este estado é o mesmo que fugir com ela acorrentada aos seus próprios pés. Por mais intensa que seja, a dor pode ser um impulso para que você aumente sua força interna e descubra sua incrível capacidade de superação.

02/01/2024

A era digital em que vivemos nos oferece novas informações a cada segundo. São muitas fontes, nem sempre seguras. É preciso que sejamos capazes separar os dados reais dos falsos, identificando aqueles que sejam realmente confiáveis. Isso, por si só, já pode causar uma sobrecarga em quem acessa essas informações. E, quando as notícias não são otimistas, a sobrecarga torna-se ainda maior.

Quando a busca por notícias vira uma compulsão, a pessoa pode a sentir angústia, que é um sofrimento relacionado ao presente, um estado emocional difuso, que gera desconforto emocional e desconforto físico real. A maior parte das pessoas descreve um vazio no peito, uma agonia mental, sem entender exatamente o que a causou. Sensação de sufocamento semelhante ao da asma e até mesmo uma sensação de compressão no peito também são relatos comuns em quem sofre de angústia.

O consumo exagerado de informações pode levar à chamada Síndrome da Fadiga Informativa, um termo recentemente criado para descrever quem se sente sobrecarregado pelas informações, seja porque precisa lidar com elas (no trabalho, por exemplo), seja porque simplesmente consume muitas informações por alguma compulsão. Pessoas com este quadro têm dificuldade em manter a racionalidade diante do excesso, sentem-se confusas, cheias de dúvidas, angustiadas e tristes.

Existe uma grande diferença entre manter-se bem informado e consumir informação compulsivamente, a ponto de afetar suas relações, seus compromissos, trabalho e seu bem-estar.

Se você percebe que sua vida está sendo prejudicada por estes hábitos, se tem se sentido instável, com medo e mau humor, e sente que claramente tem exagerado no consumo de informações, procure ajuda de um profissional de Psicologia. Esse tipo de angústia gera ansiedade, sensação de sobrecarga, estresse e pode até levar a uma incômoda sensação de perigo ou incapacidade.

A psicoterapia poderá ajudar você a entender as origens deste comportamento, para que se possa ajustá-lo de forma a ter uma vida mais saudável, com mais autocontrole, equilíbrio e bem-estar. Agende sua sessão.