29/08/2022
que é o alcoolismo?
O alcoolismo é uma doença crônica caracterizada pela dependência ao álcool. Com o tempo, o indivíduo se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e tem sinais de abstinência quando deixa de consumi-la.
Os alcoólatras fazem uso constante e descontrolado das bebidas, o que pode comprometer de forma grave o funcionamento do organismo e gerar consequências irreversíveis. Além disso, não é apenas o dependente que se prejudica, pois todos que estão ao seu redor também sofrem com a doença.
É importante reforçar que o abuso do álcool, por sua vez, não é a mesma coisa que o alcoolismo, pois não diz respeito a uma vontade incontrolável de beber, uma perda do controle ou dependência física. Além disso, o abuso de álcool tem menos chances de levar à tolerância, ou seja, a necessidade de aumentar as quantias de bebida ingerida para sentir os mesmos efeitos.
E o alcoolismo funcional?
Pessoas com alcoolismo funcional não são como o “tradicional estereótipo” esperado de um dependente químico. Isso porque são indivíduos que, mesmo bebendo além do considerado normal socialmente, conseguem lidar com as responsabilidades do dia a dia e manter os relacionamentos saudáveis.
Dessa forma, é difícil para quem está ao redor notar que há um problema com a bebida, mas, conforme a dependência progride, a pessoa se torna mais vulnerável e passa a ter sintomas mais fortes, por exemplo: distúrbios alimentares, problemas de sono, complicações no coração etc.
Quais são os sintomas do alcoolismo?
Os sintomas de intoxicação aguda provocada pelo álcool são vários, entre eles:
euforia;
perda das inibições sociais;
comportamento expansivo;
emotividade exagerada;
comportamento agressivo.
Em alguns casos, no entanto, a pessoa f**a apenas sonolenta e entorpecida mesmo que tenha bebido moderadamente. Segundo estudos, esses indivíduos dificilmente desenvolvem o alcoolismo crônico.
Agora que você já compreendeu os principais sintomas da intoxicação, é preciso f**ar de olho nos sinais do alcoolismo, que apontam quando uma pessoa está enfrentando a doença de fato:
compulsão: necessidade forte ou desejo incontrolável de consumir bebida alcoólica a qualquer momento;
abstinência física: náusea, suor, ansiedade e tremores quando se para de beber;
dificuldade de controlar o consumo: não consegue parar de beber após começar e mantém o consumo mesmo quando familiares e amigos se afastam;
tolerância: cada vez mais precisa de doses maiores de álcool para atingir os mesmos efeitos anteriormente obtidos com quantidades inferiores;
distúrbios alimentares ou de sono: a vontade de beber pode inibir a vontade de se alimentar e retardar o sono, causando insônia e sonambulismo;
alterações no metabolismo: o consumo excessivo pode prejudicar o funcionamento dos órgãos que trabalham para processar o álcool, como o fígado, pâncreas e os rins;
fadiga e dificuldades para raciocinar: o álcool afeta a capacidade cognitiva, podendo gerar confusão mental e até mesmo alucinações em casos mais graves.
Quais são as principais causas da doença?
Vários fatores podem contribuir para o surgimento da doença. Em seguida, confira alguns deles:
Genética
Por mais que o ambiente tenha uma grande influencia no alcoolismo, há evidências de que fatores genéticos aumentam o risco de desenvolver a doença.
Um estudo realizado por pesquisadores de Nova York, nos EUA, revelou que as pessoas que consomem álcool frequentemente podem ter uma predisposição genética. Os números são claros: a tendência ao alcoolismo pode chegar a 50% nos filhos de pais alcoólatras.
Transtornos mentais
Pessoas que sofrem com algum transtorno mental, como depressão, ansiedade e bipolaridade também são mais vulneráveis ao alcoolismo. Isso signif**a que há mais chances de desenvolverem a doença se consumirem bebidas alcoólicas em alta quantidade.
Influências ambientais
O ambiente no qual estamos inseridos também tem poder de influência. Se amigos e familiares bebem em excesso, a tendência é que o indivíduo passe a beber bastante também. Claro que não é uma regra, mas são fatores ambientais que podem contribuir.
Alcoolismo: causas, sintomas e tratamento
Primeira idade de consumo e falta de informação sobre riscos
Por mais que no Brasil os jovens só possam beber a partir dos 18 anos, a maioria experimenta bebidas alcoólicas antes disso. O fácil acesso ao consumo faz com que as pessoas comecem a beber mai cedo e, segundo estudos, quanto mais jovem, maiores são as chances de alcoolismo.
Além disso, em muitos casos, a falta de orientação e informação sobre os riscos dos excessos também pode ser um agravante.
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Altos níveis de estresse
Algumas pessoas, quando estão muito estressadas, tendem a consumir mais álcool para tentar controlar a agitação e se sentirem mais relaxadas. Em casos de perdas signif**ativas ou momentos de luto, por exemplo, também é comum utilizarem a bebida como uma válvula de escape, o que pode levar à dependência.
Depressão e ansiedade
Quem já lida com quadros de depressão ou ansiedade pode acabar bebendo muito álcool com o objetivo de aliviar os sintomas das doenças. No entanto, nessas situações, as bebidas alcoólicas são prejudiciais, pois o consumo altera os níveis de serotonina e outros neurotransmissores no cérebro, o que pode piorar bastante a ansiedade.
Como é o diagnóstico do alcoolismo?
Muitas pessoas não conseguem enxergar ou aceitar que, ao consumirem bebidas alcoólicas em excesso, estão enfrentando uma doença. O diagnóstico de um profissional especializado é fundamental nesse processo, pois pode ajudar o paciente a encarar e tratar o problema.
A dependência de álcool é analisada a partir de alguns critérios. Os sintomas são avaliados de acordo com os parâmetros do Código Internacional de Doenças (CID), que define o diagnóstico quando o indivíduo apresentar pelo menos 3 das seguintes condições nos últimos 12 meses:
desejo incontrolável pó bebidas alcoólicas;
falta de controle em relação ao consumo;
sinais de abstinência física ao cessar o consumo;
perda de interesse (gradual e progressiva) por atividades sociais e de rotina;
aumento da tolerância ao álcool;
insistência no consumo de álcool apesar de todos os riscos.
Além disso, o médico irá ouvir as queixas, levantar o histórico de saúde do paciente e realizar exames físicos. Nessa conversa, buscará informações sobre ocorrências que se relacionam à dependência do álcool, como problemas de sono, sinais de crises de abstinência, confusão mental etc.
Exames complementares também podem ser solicitados para analisar a presença de complicações resultantes do consumo excessivo de álcool, entre eles, hemograma completo e exames gerais do fígado.
Alcoolismo tem cura? Qual é o tratamento?
O alcoolismo é tratável, mas não tem cura, o que signif**a que o indivíduo precisará se cuidar pelo resto da vida para não ter recaídas. O tratamento varia conforme a gravidade e o estágio da doença, sendo as principais estratégias as seguintes:
Desintoxicação
A pessoa precisa evitar qualquer tipo de bebida alcoólica em qualquer quantidade. Reduzir o consumo não é o suficiente, ou seja, a abstinência é fundamental para a recuperação. A desintoxicação é realizada por alguns dias e com supervisão médica a fim de combater os efeitos agudos da retirada do álcool.
As recaídas são muito comuns, mas isso não signif**a fracasso. É preciso se manter firme e retomar o foco e, para isso, ter uma rede de apoio é fundamental.
Medicações
Em alguns casos, de acordo com o quadro do paciente o médico poderá orientar o uso de medicamentos. É importante sempre seguir as orientações e nunca se automedicar.
Programas de reabilitação
Alcoolismo: causas, sintomas e tratamento
Quando os sintomas agudos da crise de abstinência já foram controlados, muitos pacientes passam a frequentar programas de reabilitação, que ajudam no processo de aprender a viver sem álcool.
Os Alcoólicos Anônimos é muito conhecido e fundamental para o tratamento de pessoas que enfrentam a doença. Nos encontros, é possível compartilhar experiências com o objetivo de trabalhar as suas questões e ajudar os outros a se recuperarem também. É um lugar de acolhimento e esperança para quem sofre com o alcoolismo.
Terapia
A terapia ajuda o indivíduo a desenvolver hábitos mais saudáveis, ajudando a evitar recaídas. As sessões com um psicólogo auxiliam na resolução de problemas, autocontrole e motivação para continuar o tratamento. Além disso, também é um processo importante para trabalhar questões que possam estar relacionadas ao abuso da substância.
Rede de apoio
Por fim, os amigos e familiares também fazem parte do tratamento, sendo peças fundamentais de motivação, suporte emocional e acolhimento.
Se identif**ar os sinais, procure ajuda
Por mais difícil que seja buscar ajuda, este é sempre o melhor caminho para evitar problemas muito graves relacionados ao alcoolismo.
Caso identifique os sintomas em si mesmo ou em alguém próximo, procure por suporte especializado de profissionais da saúde. Quanto antes, melhor!
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Tatiana Pimenta
CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade. Você também pode me seguir no Instagram
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Cintia Martins
5 de abril de 2022 at 20:21
Bem completa as informaçoes. Obgda
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Tatiana Pimenta
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