16/06/2025
No Dia Mundial da Tartaruga Marinha, vamos destacar a espécie registrada com maior frequência utilizando nosso litoral: a tartaruga-verde (Chelonia mydas). Após sua fase de filhote em áreas oceânicas, migra para áreas costeiras rasas onde juvenis buscam alimento e passam por um longo período de desenvolvimento. Nesta fase eles são “onívoros”, ou seja, se alimentam de peixes, lulas, mas também de algas, propágulos de mangue e gramas marinhas.
Quando adulta, a tartaruga-verde é uma das maiores espécies de tartarugas marinhas, podendo chegar a quase 1,5 metro de comprimento e cerca de 230 kg. Nesta fase, sua dieta é predominantemente herbívora, composta por algas e gramíneas marinhas.
Ao longo de toda a sua vida, a sua estratégia de alimentação exerce papel importante na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas, pois cicla os nutrientes do oceano! Em quase 17 anos de atuação do LEC (projeto ProTarta, InterMar, SentiMar, REBIMAR e MegaCost) e 10 anos via PMP-BS/LEC-UFPR, realizamos dezenas de estudos para conhecermos a ecologia desta espécie, avaliarmos os impactos que afetam sua sobrevivência e desenvolvermos tecnologias e soluções para viabilizar sua conservação. Ainda, atendemos milhares de ocorrências de encalhes e emalhe desta espécie nas praias e ilhas paranaenses, incluindo animais vivos, debilitados ou mortos, o que nos trouxe imenso aprendizado e as informações obtidas representam uma importante base de dados para estudos sobre as ameaças, biologia geral, ocorrência e sazonalidade da espécie na região. Este conjunto de resultados é essencial para as políticas públicas brasileiras, como o Plano Nacional para a Conservação de tartarugas marinhas.
Em caso de registro/avistagem de tartarugas marinhas vivas ou mortas, entre em contato com a equipe técnica do PMP-BS/UFPR. O acionamento rápido é essencial para garantir o atendimento adequado e a geração de dados para conservação.