19/10/2025
“Às vezes, o maior ato médico é simplesmente não ir embora.”
Foi vendo a postagem do Dr. Antônio Fagundes Jr. que eu me inspirei a vir aqui hoje dar os parabéns aos médicos e neurologistas que realmente se encaixam nessa descrição.
Dia 18 de outubro foi Dia do Médico e dia 15 de outubro foi Dia do Neurologista, mas eu não senti vontade de vir aqui falar palavras superficiais. Não quis postar apenas um “feliz dia” porque, para mim, isso não traduz a verdade sobre o que é viver a medicina.
A pintura que acompanha este texto conta mais do que muitas homenagens. Em The Doctor (1891), uma criança doente repousa entre a vida e a morte.
Ao seu lado, um médico observa em silêncio.
Não há máquinas, não há milagre… há apenas presença.
A mãe chora. O pai espera.
E o médico permanece.
Porque o cuidado — antes de qualquer prescrição — começa com humanidade.
A medicina que eu acredito não vive de frases prontas ou homenagens de vitrine.
Ela vive no offline, onde ninguém vê:
no plantão que vira madrugada,
na família que desaba em consulta,
na notícia difícil que arranca um pedaço da alma,
naquele momento em que a ciência já fez tudo — mas o médico ainda escolhe ficar.
Hoje eu quero homenagear esses médicos. Os que permanecem. Os que são porto seguro quando tudo desaba. Os que entendem que cuidar é, muitas vezes, simplesmente não ir embora.
🩺 Os que colocam respeito acima do ego.
🩺 Os que entendem que medicina é ciência, mas também é amor.
🩺 Os que entram na vida de uma família não só para tratar, mas para cuidar.
🩺 Os que sabem que “ficar” também é uma forma de tratamento.
Hoje, com verdade no coração, eu digo:
Parabéns aos médicos que honram a vida com presença, ética e compaixão.
Aos que ficam quando todo mundo vai embora.
Aos que curam quando podem — e cuidam sempre.
Aos que fazem da medicina um ato de amor.
Com carinho,estefaniortiz
Neuropediatra
📆 Demorei, eu sei. Mas prefiro assim: menos protocolo, mais verdade
Bom domingo 🥰