
11/08/2025
Achei que liderar equipes me daria todas as respostas…
até que uma situação pessoal me mostrou o contrário..
Em 2020, no meio da pandemia, no Chile, longe da minha família, eu passei por um tratamento pesado contra um câncer.
Isso talvez não seja novidade para você.
O que talvez a maioria não saiba é como esse fato impactou positivamente a forma como eu mentoro meus clientes.
Quando você encara uma doença como o câncer, você lida a todo momento com a morte:
Desde a notícia do diagnóstico, passando pela quimioterapia que baixa sua imunidade (imaginem no meio da pandemia do covid…), e os anos de acompanhamento pós tratamento para ter certeza que o câncer não voltaria.
Isso é assustador para alguém ansiosa e que gosta de ter controle, como eu.
No meio do caos, ou você controla o que está ao seu alcance, ou você enlouquece.
Nesse processo, aprendi a:
💡 Identificar emoções
Comecei a não ignorar o que sentia, e aprendi a identificar e rotular emoções.
Isso me ajudou a não me sentir sufocada com meus próprios sentimentos. Reconhecê-las, reduz seu impacto.
💡Detectar pensamentos negativos e substituí-los
Eu passei a monitorar tudo o que eu pensava, e construi um repertório de pensamentos positivos para cada pensamento negativo que eu tinha.
Se os pensamentos negativos tomam conta de você, facilmente você vai para o fundo do poço.
💡 Lidar com a falta de controle
Descobri que aceitar algo difícil não é o mesmo que desejá-lo.
Aceitei a situação ao invés de lutar contra ela ou achar injusto.
Ressentimento e vitimismo só te tiram o poder.
A meditação foi fundamental para mim nesse processo.
Hoje, o maior valor da minha mentoria não está nos anos em que fui gestora.
Meu valor está na minha capacidade em me conectar com cada dificuldade e sofrimento que os meus mentorados enfrentam.
E poder mostrar a eles um caminho de autoconhecimento e realização pessoal e profissional.
Entendi que ninguém é capaz de ver nos outros aquilo que não tem coragem de enxergar em si próprio.
Boa semanda a todos.