
30/05/2023
UM OLHAR SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO AMOR PATOLÓGICO
Há uma abordagem teórica relacionada à origem da dependência emocional que está vinculada ao período inicial da vida, conhecido como primeiro setênio.
Durante a primeira infância, vivências familiares como pais emocionalmente ausentes, vínculos afetivos pouco desenvolvidos, conflitos frequentes e falta de apoio, desempenham um papel essencial na construção da nossa personalidade e subjetividade. Vivências como essas, Não elaboradas, podem levar ao desenvolvimento da dependência emocional, por sua constante busca afetiva parental.
Na dependência emocional, as pessoas são afetadas, principalmente por fatores:
✓ Psicológico: a pessoa sente uma dependência pelo seu objeto de vício afetivo, o qual exerce controle sobre a sua vida;
✓ Emocional: A pessoa sente uma necessidade intensa pelo objeto afetivo e pode experimentar ansiedade e insegurança na sua ausência;
✓ Fisiológico: A pessoa se submete a situações prejudiciais ou abusivas em nome desse grande Outro, negligenciando suas próprias necessidades e limites.
Ao desenvolver um apego emocional intenso em relação ao outro, cria-se uma ilusão de que encontrou a plenitude e a sua totalidade faltante, inclusive o afeto/amor da infância que normalmente é associado aos pais. Essa sensação de completude é apenas uma fantasia, meramente ilusória, que não corresponde à realidade. Por um questionamento muito simples: Como o outro pode satisfazer plenamente o que o outro deseja?
Ser excessivamente dependente de alguém é como submergir em uma existência limitada. É abandonar e renunciar ao amor próprio, inverter valores e ultrapassar limites saudáveis de uma relação.