08/12/2015
Psico-oncologia - Quando seu filho tem câncer
O diagnóstico de câncer já é um grande impacto. Quando se trata de um filho ter este diagnóstico, não se tem palavras para descrever o sofrimento, a dor, os questionamentos, a necessidade de proteção e ao mesmo tempo ter que enfrentar tudo aquilo que sempre protegemos nossos filhos. É importante pensar, de que maneira posso ajudar meu filho a enfrentar tudo que se tem pela frente, ajudá-lo a entender dentro da sua maturidade e idade.
Manual de tratamento pediátrico
faça download do manual na íntegra.
ALGUMAS ORIENTAÇÃO IMPORTANTES:
1. Aprenda tudo que puder sobre a doença e ajude as crianças a entender os conceitos básicos dela.
2. Ofereça informações de maneira breve, com duas ou três frases simples. Não explique exageradamente, mas seja honesto.
3. Medos e fantasias muitas vezes são piores que a realidade.
4. Caso as crianças sintam a doença como um castigo, reassegure-as que nada disto lhe causou a doença.
5. Não esconda de seu filho o diagnóstico. Procure a melhor maneira de explicar sobre ele: “Você tem um carocinho que se chama linfoma, por isto precisamos usar um remédio para atacar….se chama quimioterapia, etc. À medida que as coisas acontecerem, falaremos a respeito e lhe explicarei tudo que faremos”.
6. Não esqueça que tanto as crianças, como os adolescentes são muito espertos e perceptíveis, sensíveis do que está acontecendo. Não cochiche perto, não faça caras e bocas para os outros que perguntam o que está acontecendo. É direito saber o que se passa, claro que com a linguagem adequada.
7. Não esqueça dos irmãos e irmãs, caso tenham. Eles muitas vezes sentem mais que o próprio paciente. “Perdem” a atenção dos pais e “cuidado” como antes, pois o irmão doente precisa mais e isto repercute em vários comportamentos emocionais e até mesmo depressão e somatização de doenças para chamar a atenção.
8. Responda apenas o que lhe foi perguntado.
9. Não esqueça de si, procure se cuidar, encontre um tempo para isto, é fundamental e vai refletir nela o seu bem estar.
10. Proponha desenhos e brincadeiras para falar sobre isto. Dessa maneira que a criança expressa suas emoções.
11. Durante o tratamento, tente manter uma rotina tão normal quanto possível dependendo das limitações que o oncologista fez. Caso ele tenha liberado a escola, por exemplo, estimule e entenda que é fundamental continuar. Em uma escola preparada, os professores e alunos vão conseguir lidar de maneira saudável e natural com esta situação. E a criança/paciente, segue se sentindo pertencente ao grupo.
12. Mães principalmente, aceite ajuda do marido, de vizinhos, dos avós e amigos. Todos precisam deste apoio e assim não se sentirá sobrecarregada.
A REPRESENTAÇÃO DE MORTE PARA CRIANÇA
Até os 4 anos: a morte é reversível, ou seja, ela acredita que a pessoa vai voltar, vai acordar.
Entre os 4 e 8 anos de idade: Percebe a morte como um ato de justiça ou punição. Já percebe a irreversibilidade, ou seja, que a pessoa morta não volta mais.
Entre os 9 e 10 anos de idade: Conceito definitivo da morte.
Pense de como a morte é tratada na sua família. Ela é falada, escondida, tabu? Como é sua atitude e explicação em relação a morte de plantas, animais?
Ideias para propor desenhos direcionados em casa:
1. Desenho de minha família fazendo um programa divertido antes da doença!
2. Esta é minha família agora, durante e depois da doença!
3. Você pode ter vários sentimentos. Eles aparecem no rosto. Triste Feliz com medo assustado raiva . Qual você está sentindo agora, hoje?