
13/12/2024
Imagine-se em um dia super estressante. Você sai de casa cedo, pega um ônibus lotado e, ao chegar ao trabalho, percebe que “os portões do inferno foram escancarados”. Uma pilha de tarefas está amontoada em sua mesa, o chefe, super estressado, cobra o impossível, e seus colegas, também sobrecarregados, despejam em você suas frustrações. O dia se arrasta entre cobranças, barulho e uma sensação de que sua paciência está por um fio. No final do expediente, exausto e com a cabeça latejando, você só consegue pensar: “Queria sumir!”.
Ao chegar em casa, com os ombros encurvados, passos pesados e cara de poucos amigos — já se preparando para encontrar mais do mesmo: reclamações, julgamentos, cobranças —, você é surpreendido. Seu companheiro(a) te recebe com um sorriso no rosto e um olhar caloroso de acolhimento:
— Boa noite, amor. Seu dia parece ter sido difícil. Quer conversar? Estou aqui para te ouvir.
Você, que já estava armado até os dentes, pronto para “soltar os cachorros”, desarma-se completamente. Como se um peso de cinco toneladas fosse tirado das suas costas, você abraça seu cônjuge, sente os olhos se encherem de lágrimas e, com a voz embargada, diz:
— Me desculpe por estar assim. Meu dia foi uma m***a...
E assim, as horas passam enquanto você despeja todas as suas frustrações, detalha tintim por tintim, como há muito tempo não fazia. E o mais incrível? Seu parceiro(a) continua ali, firme e forte, ouvindo suas lamentações com paciência, sem pressa, sem te interromper, sem julgamentos ou conselhos desnecessários. Apenas presente, te ouvindo. Como não amar alguém assim?