AfroPsi Atendimento psicoterapêutico voltado para mulheres, homens e crianças pretas.

“Quem vem por amor à liberdade fica” (Lema da República de Palmares)
O racismo deixa os rastros de sua presença nos corpos e mentes pretos. Nós, filhos da diáspora preta, sentimos estas marcas latejarem diariamente, através das violências cotidianas que o racismo nos apresenta e que sulca consequências psicológicas profundas. A psicologia clínica, tradicionalmente, desconsidera as subjetividades diaspóricas em seus manuais, muitas vezes reproduzindo a lógica ra***ta nos consultórios, agravando o sofrimento de quem procura acolhimento. O racismo atravessa todas as relações e apenas quem carrega suas marcas sabe da intensidade de sua violência. AfroPsi é uma proposta de atendimento psicoterápico clínico voltado para as demandas afetivas de homens, mulheres e crianças pretas. Uma psicologia descolonizada que afirma as existências pretas como potências livres que agenciam amor, união, força e africanidade. AfroPsi é um espaço de transmutação e cura, de resgate das subjetividades pretas através do encontro, da palavra e da escuta.

Há uma profunda conexão entre a capacidade de nomear a dor e a expressão do prazer nas vivências das pessoas negras. Ao ...
30/05/2023

Há uma profunda conexão entre a capacidade de nomear a dor e a expressão do prazer nas vivências das pessoas negras. Ao reconhecer que a ausência de um vocabulário adequado para descrever a dor também limita nossa habilidade de comunicar o prazer, Hooks destaca a importância de dar voz e significado às experiências negras em sua totalidade.

A sociedade frequentemente falha em reconhecer e validar as experiências dolorosas vividas por pessoas negras. O racismo estrutural, a discriminação e a violência racial criam um ambiente que ignora ou minimiza o sofrimento individual e coletivo. Nesse contexto, as palavras se tornam um poderoso instrumento para dar forma à realidade e criar uma consciência coletiva.

Ao nomear a dor, as pessoas negras têm a oportunidade de confrontar e processar suas experiências, transcender o silenciamento e reivindicar sua humanidade. A linguagem torna-se uma ferramenta de empoderamento, permitindo que as vozes silenciadas sejam ouvidas e validadas. É através da nomeação da dor que podemos compartilhar nossas histórias, buscar justiça e inspirar a mudança social.

No entanto, a frase de Hooks também enfatiza que essa capacidade de nomear não se limita apenas à dor, mas se estende também ao prazer. A falta de um vocabulário que articule a experiência de prazer das pessoas negras reflete um sistema que nega sua humanidade e subestima sua capacidade de alegria e satisfação.

Ao nomear o prazer, pessoas negras reafirmam sua existência e resistem às narrativas limitantes que perpetuam estereótipos e preconceitos. Desafia-se a ideia de que a felicidade é incompatível com sua vivência racial, rejeitando a dicotomia que sugere que a negritude está intrinsecamente ligada à dor e à opressão.

Texto: Luiz Santana

Fonte: Olhares Negros: Raça e Representação (Bell Hooks)

Rebeca Andrade representa hoje a força de um povo que luta para marcar sua história num país antinegro.
29/07/2021

Rebeca Andrade representa hoje a força de um povo que luta para marcar sua história num país antinegro.


02/02/2021

Fonte: Café História A Editora da Universidade Federal Fluminense (EdUFF) acaba de disponibilizar gratuitamente sete e-books que examinam a trajetória e o contexto histórico de oito importantes per…

"Neusa Santos Souza foi psicanalista e autora do livro “Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro em ascen...
31/01/2021

"Neusa Santos Souza foi psicanalista e autora do livro “Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro em ascensão social”. Um Grito Parado no Ar é um documentário que resgata a memória e o legado de Neusa, e abre a discussão sobre a saúde mental da população negra."

https://www.youtube.com/watch?v=V4WHFs8PGm0&feature=youtu.be&ab_channel=LeonardoSouza

Neusa Santos Souza foi psicanalista e autora do livro “Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro em ascensão social”. Um Grito Parado no Ar é u...

13/12/2020

TERCEIRA CARTA ABERTA do QUILOMBO LEMOS sobre e ameaça de DESPEJO.
O Quilombo Lemos informa nessa terceira carta aberta que os quilombolas estão enfrentando ameaça de reintegração de posse em plena pandemia, tendo uma decisão judicial contrária a Família Lemos que determina sua retirada, mesmo estando determinado pela própria Justiça que o INCRA faça o estudo antropológico da comunidade.
Infelizmente, 7 integrantes da Família positivaram para COVID 19. Todos encontram-se bem, porém em isolamento social, além da comunidade estar tomando todas as medidas sanitárias para conter esse surto.
A comunidade esta sob um estresse tremendo devido o risco de perder seu território, tendo o riscos aumentados por essa medida, e significa uma das expressões desumanas do Genocídio dos povos tradicionais, impactando indígenas e quilombolas, como acontece historicamente em Porto Alegre que assistiu a expulsão dos negros da antiga Ilhota, do próprio Parque da Redenção, a Antiga Colônia Africana e a Bacia do Montserrat etc.
É preciso registrar que no dia 02 de Dezembro de 2020, acontece a visita pelos oficiais de Justiça para citar as famílias da decisão e o prazo para saírem do território no qual habitam desde a década de 1960, onde somente o quilombola Sandro Lemos , nascido no Quilombo, se encontrava . Logo depois da "visita" no dia 04/12, Sandro teve o resultado confirmando a estar infectado com a COVID 19 , além do Sandro mais seis Quilombolas positivaram para COVID 19. Sem dúvida o Estresse pela ameaça violenta de despejo é um fator psicólogico devastador , baixando a imunidade e abrindo caminho para infecções. O Quilombo não está acusando os Oficiais de Justiça de ser os vetores do surto na Comunidade , mas , objetivamente a decisão de remoção é desumana , vai na contramão da orientação do Supremo Tribunal Federal que desaconselha reintegraçoes de posse em Comunidades Indígenas e o entendimento no TRF 4 é que tal orientação se aplica aos Quilombos. Tais medidas tem objetivo , além de preservar a saúde dos Quilombolas e Indígenas, sabidamente vulneráveis tb busca evitar que os agentes públicos tb sejam expostos a tal risco que já ceifou a vida de mais de 180.000 brasileiros/as.
O Quilombo, Sandro e seus irmãos e irmãs filhos , filhas , sobrinhos e sobrinhas , nascidos no Quilombo estão resistindo a Pandemia e informam que resistirão na defesa do território e de suas vidas e não temos obrigação de cumprir ordens injustas em respeito ao legado de nossos ancestrais.
Reafirmamos a nossa as nossas raízes do Quilombo de Maçambique, conforme várias vezes publicado, e o processo no INCRA que objetiva os estudos sobre a comunidade encontra-se desde 2019 , estranhamente, paralisado , enquanto a Superintendência Regional se reúne a portas fechadas com o Asilo, tal letargia da Superintendência expõe a Comunidade à constante ameaça ao nossos Direitos.

09/12/2020
09/12/2020

A saúde mental é um campo de constantes disputas, os tencionamentos em relação ao seu modelo de atenção data de décadas!
Corporações como a Associação Brasileira de Psiquiatria e instituições religiosas ligadas as Comunidades Terapêuticas se opõe à Luta Antimanicomial e ao cuidado de forma territorial, nos contextos reais de vida das pessoas.Trancar não é tratar
São e sempre foram contra o cuidado em liberdade e agora agem juntamente com o desgoverno de Bolsonaro para atacar e destruir o pouco que temos de uma política de Saúde Mental conquistada a custa de muita luta!
As violações de direitos humanos são históricos na saúde mental! E sabemos que a articulação com a cultura, moradia, emprego, renda e acesso a direitos são essenciais para garantia de um cuidado radicalmente comprometido.
Estes ataques do desgoverno Bolsonaro é mais uma violação de direitos humanos!

Não entregaremos o que conquistamos com muita luta! Convocamos todas e todos a se somarem nessa luta! Nenhum passo atrás, manicômio nunca mais!!

Pela Revolução Antimanicomial!

"O nome “samba” é, provavelmente, originário do nome angolano semba, que seria um ritmo religioso, cujo nome significa u...
03/12/2020

"O nome “samba” é, provavelmente, originário do nome angolano semba, que seria um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada. O Dia Nacional do Samba surgiu para homenagear o cantor Ary Barroso, por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para marcar a data em que o artista viajou à Bahia, pela primeira vez. A celebração foi se espalhando por outros estados e virou uma comemoração nacional."

Marginalizado por anos, o ritmo carrega na história grandes nomes da música brasileira e se ressignifica como guia das próprias narrativas do povo preto  Texto: Victor Lacerda | Edição: Fávia Ribeiro | Imagem: Carlos Piccino/Arquivo O Cruzeiro Como uma das heranças dos negros escravizados...

30/11/2020
17/11/2020
"Nimba significa “alma grande”, é a deusa da fertilidade cultuada pela sociedade secreta Cimo, nas festas da semeadura e...
13/09/2020

"Nimba significa “alma grande”, é a deusa da fertilidade cultuada pela sociedade secreta Cimo, nas festas da semeadura e colheita do arroz. Há relatos de jesuítas do séc. XVII sobre um ritual com a deusa Nimba feito pelo povo Baga. Os Nalu, na mesma região, adotaram a mesma deusa e seus ritos. O ritual ainda é praticado, a despeito da maioria da população hoje ser muçulmana e católica."

https://ensinarhistoriajoelza.com.br/uma-deusa-africana-descoberta-no-rio-grande-do-sul/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

Escultura da deusa Nimba, peça importante nos rituais africanos no oeste do continente, é descoberta no Rio Grande do Sul.

Endereço

Porto Alegre, RS

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 08:00 - 20:00
Terça-feira 13:00 - 20:00
Quarta-feira 08:00 - 20:00
Sexta-feira 08:00 - 20:00
Sábado 08:00 - 16:00

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“Quem vem por amor à liberdade fica” (Lema da República de Palmares)

O racismo deixa os rastros de sua presença em nossos corpos e mentes. Nós, filhos da diáspora preta, sentimos estas marcas latejarem diariamente, através das violências cotidianas que o racismo nos apresenta e que nos sulcam consequências psicológicas profundas. A psicologia clínica, tradicionalmente, desconsidera as subjetividades diaspóricas em seus manuais, muitas vezes reproduzindo a lógica ra***ta nos consultórios, agravando o sofrimento de quem procura acolhimento. O racismo atravessa todas as relações e apenas quem carrega suas marcas sabe da intensidade de sua violência. AfroPsi é uma proposta de atendimento psicoterápico clínico voltado para as demandas afetivas de homens, mulheres e crianças pretas. Uma psicologia descolonizada que afirma as existências pretas como potências livres que agenciam amor, união, força e africanidade. AfroPsi é um espaço de transmutação e cura, de resgate das subjetividades pretas através do encontro, da palavra e da escuta.