24/02/2025
A minha diabetes gestacional apesar de controlada com alimentação e exercícios físicos, sem insulina, pode ter sido a causa da hipoglicemia da Laura. Tivemos uma hora de ouro deliciosa que foi super respeitada, no colo em contato pele a pele e com acesso livre ao seio materno. Quando terminou, a pediatra detectou a hipoglicemia neonatal. Para evitar danos neurológicos, a indicação geralmente é a oferta de fórmula artificial.
Naquela época, eu não sabia que a ingestão de fórmula artificial nas primeiras horas de vida do bebê é um importante fator de risco para a alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Não é todo bebê que tomará a fórmula e terá APLV, porém aumenta o risco. No nosso caso havia também o fator de risco hereditário, já que temos muitos alérgicos na família, inclusive, eu.
Os sinais da APLV já estavam lá desde a segunda semana, Laura tinha muitos gases e incômodos gástricos, que aparentava ser disquesia (sintomas fisológicos em RN devido a imatutidade intestinal). Além disso, com 15 dias de vida teve 1 episódio isolado de sangue nas fezes. Um pontinho bem pequeno de sangue me fez buscar o posto de saúde imediatamente. Porém, o sangue não se repetiu e seguimos sem diagnóstico.
Com 2 meses, após a vacina do rotavírus (que não causa APLV, mas pode agravar os sintomas gástricos) o sangue nas fezes passou a vir em quase toda troca, pouco e frequente. Após passar pelo gastropediatra recebemos o diagnóstico de APLV e iniciei a dieta de restrição para continuar o aleitamento. Já te adianto que essa foi a melhor escolha que fiz pra ela!