23/08/2025                                                                            
                                    
                                                                            
                                             “Hoje, como tantos outros pais de crianças autistas não verbais, venho compartilhar algo muito doloroso. Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita. Tudo isso porque a Maria tem uma pessoa especializada que a acompanha desde os dois anos de idade. Essa profissional veio com a gente de São Paulo…”.
O goleiro Cássio, do Cruzeiro, utilizou as redes sociais para compartilhar as dificuldades que tem enfrentado para matricular sua filha, Maria Luiza, de sete anos, em escolas de Belo Horizonte. A menina, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi recusada por diversas instituições de ensino da capital mineira.
Segundo o jogador, a principal razão para as recusas seria a necessidade de Maria Luiza ser acompanhada por uma profissional especializada, que a auxilia desde os dois anos de idade, quando a família ainda residia em São Paulo. Cássio e sua esposa, Janara Sackl, afirmaram ter tentado dialogar com as escolas para explicar a situação e a importância da presença da profissional, mas as respostas continuaram negativas. “Como pai, ver sua filha ser rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude. E ainda estamos muito longe de viver isso de verdade”, desabafou o goleiro em seu perfil no Instagram.
 “Visitamos escolas bem conhecidas e ‘conceituadas’ desde que chegamos em Belo Horizonte. Foram mais de 5 escolas que negaram a participação da nossa assistente terapêutica em sala de aula. Essa profissional, que trouxemos de SP e acompanha a Maria Luiza desde os 2 anos de idade, aceitou estar conosco aqui em Minas Gerais para dar sequência no tratamento e evolução da mesma”, explicou Janara.