Psicóloga Franchesca Baronio

28/12/2022

Encerro hoje a minha jornada de escutatória 2022! Sempre devendo pra essa rede, repleta de textos e vontades de escritas, ainda tímidas e guardadas em mim, com bastante vontade de sair na mesma proporção da necessidade de descanso.
E já aproveito e peço desculpas a quem não pude responder, minha ausência dessa rede dificultou alguns contatos, e vou deixar por aqui um e-mail de contato no perfil para facilitar esses encontros!
Abraços, com açúcar e com afeto

27/08/2022

Feliz dia da Psicologia no Brasil! Eu, mulher, branca, hétero, cis e feminista, falo e existo a partir desse lugar. Hoje para mim não é um lugar de comemoração, mas de revolta e dor. O CFP já divulga dados por estado da quantidade de profissionais que se declaram com base no gênero binário (mulher ou homem), ou não binarie. Há muito tempo somos uma profissão composta por mais de 90% de mulheres. Estudamos com professoras, fazemos terapia com elas, estamos na pesquisa, escrevendo e questionando. E ainda assim, hoje, há uma enxurrada de ditos de mulheres, carregando seus árduos canudos, com a frase “feliz dia dO psicólogO”. O que faz com que não se possa assumir seu lugar de protagonismo? Quando, até mesmo nossos conselhos federais e regionais, adotam o artigo feminino para nos visibilizar. O que acontece?
Historicamente, estamos presente na história da loucura como o objeto de estudo, somos as loucas. É urgente ocupar nosso lugar na construção de uma psicologia crítica, nosso lugar de construção de saber e luta. Nós existimos e fazemos essa profissão, é urgente nos reconhecer.

06/05/2022

Esse não é um post motivacional.

Esse é um pequeno relatopoesia, inspirado pelos lutos da vida associado aos estudos sobre luto, vínculos e perdas, com a ideia de dialogar com quem está vivendo um processo de perda.

Existir, resistir e sobreviver a uma perda, é a maior das “tarefas” ou “honras” de uma despedida. Esta, nada gloriosa e por vezes, surreal.

Se você está vivenciando esse processo, ou convive com alguém que está, saiba que há um investimento imenso em ações do cotidiano: tomar banho, fazer comida, compras ou até encontrar as amizades.

As sensações não são apenas de dor, há o despertencimento, a solidão, a raiva e a necessidade de protestar, gritar e brigar. Como luto é um processo, que aos poucos integra uma perda há vida, há um turbilhão de sensações para reacomodar essa nova realidade.

Viver esses dias com atenção a sua dor, perspectivas de como expressar e pequenas (grandes) ações cotidianas, aos poucos, vão sinalizando uma possibilidade de existir com esse amor, agora, dentro do peito.

*o material desse post foi inspirado no livro “Luto é outra palavra para falar de amor” - Rodrigo Luz.

31/03/2022

Estou voltando a criar conteúdo para essa página, ainda com meus receios, então, me sinalizem e me ajudem a construir esse espaço!
Resolvi retornar com a dica de uma minissérie que A-D-O-R-E-I! E confesso, tô querendo muito saber se assistiram e o que acharam😍

09/03/2022

Olá! Entre idas e vindas desta rede social, no eterno aprendizado de respeitar minha pessoa além da necessidade de produção, retorno pianinho pra esse lugar. Hoje, com um anúncio que marca o início de 2022: nesse momento de experimentação, estou atendendo somente na modalidade on-line.
Ah, e conto com o auxílio desse secretário, por isso, sigo tentando responder as mensagens, fora do ritmo de urgência, e com a devida atenção e zelo. 🌻

08/03/2022

03/11/2021

Ontem foi um dia de ritualizar nossas perdas, após mais de 1 ano de pandemia e mais de 600 mil mortes no Brasil. Deixo aqui um trecho do magnífico livro do , um dos melhores que me habitaram sobre luto.
Para quem está (com)vivendo com a dor, na tentativa de integrar o amor à vida.

07/10/2021

Olá! Com alegria e um calor no coração que gostaríamos de te fazer um convite!

Viver a partir da ACP requer estudo contínuo, muita troca e encontros significativos. Requer que estejamos em processos, em movimento constante. Por tudo isso, sentimos vontade de nos conectarmos e com quem mais quiser estar conosco, através deste espaço de estudo em grupo. Iremos nos reunir, ainda de forma on-line, quinzenalmente nas segundas-feiras e começamos no dia 18/10 às 19h30.
Para se inscrever ou tirar alguma dúvida, entra em contato conosco:
Fernanda Bonet: (51)996934180
Franchesca Baronio: franbaronio@gmail.com

27/08/2021

Feliz dia da Psicologia ❤️

Celebro esse dia com a alegria e a esperança de todas as pessoas que me escolheram para auxiliar a compartilhar suas histórias.
Se há sentido em fazer uma Psicologia, que seja na construção e (re)invenção de história 🌻

Meu agradecimento as pessoas que me constituem 🙏

Arte:

20/06/2021

500.000 😞

“O luto é o custo do amor” Colin Murray Parkes

Foto poesia:

19/05/2021

Registro afetuoso da professora Virgínia, do momento que pode compartilhar um pouquinho sobre ACP! Infelizmente eu sempre esqueço dos registros virtuais, fico apenas com essa sensação gostosa de deixar umas sementinhas por aí ❤️
Esse mês ainda compartilhei sobre introdução à ACP com a turma da profe Cristina, ambas da Famaqui.
Ah, e teve uma palhinha sobre Plantão Psicológico a convite da da Cesuca. Com isso, finalizo meu momento de espalhar a palavra do que tanto me faz sentido.
Obrigada a tod@s pela oportunidade ❤️

14/05/2021

Fernanda Young uma vez afirmou: “Nós temos as chaves das nossas próprias algemas.” Uma frase breve de tirar o fôlego, não é mesmo?

Por vezes nos deparamos com situações que nos requerem escolhas, ora, parece que a vida é feita delas! Entretanto, algumas nos aproximam de sensações mais intensas, por vezes de dor. Parece provável as vezes não querermos isso. Ah, não querer escolher ou buscar apoio em outras pessoas para dividir fardos que são nossos. Procurar afeto e proteção parece possível e as vezes necessário, entretanto, não cabe a outra pessoa se responsabilizar pelos nossos processos, e, um colo pode ser reconfortante, porém não há processo de vida sem dor.

Parece que não é possível passar pela vida iles@. Decisões podem ser mais complexas, entretanto, é um momento de estar em contato conosco e buscar nossos referenciais internos para alinharmos o que faz mais sentido para nós, mesmo e com todas as sensações possíveis . É a partir delas que vamos nos construindo.

Já reparou no seu processo de decisão? Tem muito a dizer sobre você 😊

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31/03/2021

Um dia de alegria!
“Eu quero vacina, respeito, verdade e misericórdia” Maria Bethânia.

Viva o SUS! Viva a ciência ❤️

Um suspiro de esperança 🙏

11/03/2021

Olá! Estamos atravessando o pior momento da pandemia do Covid-19 no RS, nessa altura, com a superlotação do espaços de saúde, a perda de pessoas que amamos, e a saudade d@s noss@s, parece dar um tom mais sombrio a tudo 😞
Ando achando na literatura um recurso para (r)existir, me percebo uma saudosa de Caio F., e trago aqui, palavras que podem ser tão atuais... ah, risco de rolar umas lágrimas 🌻
P.s: são apenas recortes do texto, publicado originalmente em 1995.

Sugestões para atravessar Março (Agosto)

“Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro — e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.(...)
(...) Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade. Muitos vídeos, de chanchadas da Atlântida a Bergman; muitos CDs, de Mozart a Sula Miranda; muitos livros, de Nietzsche a Sidney Sheldon. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem: qualquer problema, real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos.(...)

(...) Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu — sem o menor pudor, invente um. (...) Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à luz da lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.”

08/03/2021

Bom dia para quem está de/na luta!

8 de março, um dia para mim, forte, imenso e intenso. Nessa data me incomodam os muitos “parabéns “ dedicados ao meu corpo feminino. Infelizmente eu não me sinto alegre ao ouvir.
Escuto, vejo, acolho, diariamente mulheres em sofrimento pelo fato de serem mulheres. Inseguranças, agressões, medo de morrer. MEDO DE MORRER. Medo.

Hoje, como vocês podem consultar em jornais como ou , a grande maioria d@s profissionais na linha de frente são mulheres. As maiores prejudicadas em termos de sobrecarga de trabalho (demanda externa e familiar) são mulheres. A grande demanda atendida em saúde mental, está sendo feita por mulheres, sim a profissão da psicologia é composta majoritariamente por mulheres. Então, peço que ao invés de parabéns, vocês se permitam substituir por:

- use máscara, álcool gel, se puder fique em casa e quando puder se vacine (profissionais de saúde sobrecarregadas agradecem)
- as tarefas domésticas podem ser divididas, os cuidados sobre as crianças também;
- reflita: se o “drama” atribuído ao feminino, as condutas e as falas, te incomodam, será que você realmente gosta de mulheres? Está tudo bem pensar outros caminhos
- considere refletir sobre sua condição , ouça as mulheres do seu convívio.
- se você tem condutas que podem ferir a outra pessoa, considere buscar ajuda profissional.
- E, parem de nos matar (externa e internamente)

04/03/2021

Ah, março 😢
Entramos esse mês, no momento mais crítico da pandemia em nosso país. Estamos em um momento crucial, que o cuidado individual se transforma num pacto de cuidado coletivo. E sim, está pesado.
Esses dias, a , postou esse trechinho, que é de uma carta do querido Caio F. A uma amiga que estava passando por um momento muito difícil (aliás, super recomendo o livro de Cartas do autor, sim, é um descanso nessa loucura). Confesso que essa frase me mobiliza, quem está comigo em processo terapêutico, já deve ter ouvido em alguma momento, pois é desse modo que vejo as relações humanas.
Deixo essas palavras aqui, esse pedido: continuem a remar, é o nosso jeito de cuidar de nós. Ver vocês remando, me dá vontade de remar também, é o que mantém uma chama de esperança.

Se puder, fique em casa.