02/09/2020
Montamos um resumo sobre a importante temática “Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono”, baseados nos aspectos discutidos na nossa última reunião interna.
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença crônica e evolutiva, caracterizada por múltiplos episódios de apneia ou hipopneia durante o sono, que acomete cerca de 32,8% da população brasileira.
Esses episódios consistem, respectivamente, na obstrução total e parcial da via aérea superior, que ocorre devido ao colapso da faringe durante as fases de maior relaxamento no sono. Quando isso ocorre, há prejuízo nas trocas gasosas realizadas pelos pulmões e ocorre o aumento da pressão de CO2 no sangue arterial, que é sinalizada ao drive respiratório por meio de quimioreceptores. O indivíduo, então, é microdespertado por um ronco reparador e tem sua via aérea desobstruída.
A principal manifestação da SAOS é a sonolência diurna, resultado da fragmentação do sono. No entanto, também são frequentes ronco, sensação de sufocamento noturno, cefaleia matinal e alterações cognitivas.
São fatores de risco para o desenvolvimento da SAOS: obesidade, s**o masculino, idade superior a 50 anos. Pessoas que possuem certas alterações craniofaciais, como retrognatia, ou orofaríngeas, como tonsilas anormalmente grandes, também são mais propensas a desenvolver a síndrome.
O diagnóstico definitivo é feito por meio da polissonografia, que deve mostrar 5 ou mais eventos de apneia por hora de sono, bem como evidências de esforço respiratório durante cada um desses eventos. Além disso, havendo menos de 15 por hora de sono, o paciente precisa aapresentar pelo menos um sintoma de SAOS para ser diagnosticado.
Sendo diagnosticada, a SAOS pode ser classificada de acordo com a frequência de episódios de apneia por hora de sono. É considerada leve quando ocorrerem de 5 a 14 episódios por hora; moderada, de 15 a 30; e grave, mais de 30.
A pressão positiva das vias aéreas (PAP) é recomendada para tratar os casos de SAOS em que há sonolência excessiva, diminuição da qualidade de vida relacionada ao sono ou hipertensão arterial. Aparelhos orais são recomendados quando o paciente for intolerante à PAP.