Geriatra - Dra Fernanda Cocolichio

Geriatra - Dra Fernanda Cocolichio MÉDICA GERIATRA
Longevidade com qualidade de vida
Neuropsiquiatria geriátrica
Cuidados Paliativ

Hoje, passei a tarde em atendimentos domiciliares. Quando o corpo está frágil e meus pacientes não conseguem mais ir até...
15/10/2025

Hoje, passei a tarde em atendimentos domiciliares.

Quando o corpo está frágil e meus pacientes não conseguem mais ir até meu consultório, eu vou até eles.

Ao entrar na casa de alguém, a vida deles está presente em todos os detalhes. Entendo a dinâmica da família, as relações de cuidado, as fragilidades e desafios. As fotos na parede contam um pouco do que foi vivido por esta pessoa, que hoje é frágil, mas que já foi a fortaleza de quem a cuida

Como geriatra eu tenho a honra de acompanhar pessoas em vários momentos do seu envelhecimento.
Mas é nesta etapa que eu vejo com os meus próprios olhos como as relações e vínculos cultivados ao longo da vida se tornam potentes e decisivas. E o quanto isto impacta na qualidade (ou não) desta fase da vida

Aqui a gnte vê que o que fez sentido de verdade. Quem está ao nosso lado. Quem se preocupa, ama e cuida.

O tempo tem uma forma maravilhosa de nos mostrar verdadeiramente o que importa . O maior legado de alguém não é o seu trabalho, as suas posses ou coisas do gênero. O que mais importa é como esta pessoa impactou a vida de quem ela amou

Com o envelhecimento, a pele tb muda. A perda de colágeno, elasticidade e resistência torna ela  mais fina, sensível e v...
15/10/2025

Com o envelhecimento, a pele tb muda. A perda de colágeno, elasticidade e resistência torna ela mais fina, sensível e vulnerável, facilitando o surgimento de lesões

As manchas, crostas e descamações que surgem não são apenas “coisas da idade”.
Algumas são mudanças benignas e esperadas, como a melanose solar ou a púrpura senil.
Outras exigem vigilância médica, como a ceratose actínica e o melanoma.

Arrasta pro lado e vejam as lesões que são mais comuns do dia a dia da geriatria 😉

Se houvesse uma pílula capaz de reduzir o risco de demência, câncer, depressão, doenças cardiovasculares, melhorar o son...
13/10/2025

Se houvesse uma pílula capaz de reduzir o risco de demência, câncer, depressão, doenças cardiovasculares, melhorar o sono e preservar a força muscular, melhorar a sua saúde emocional e ainda por cima te deixar mais bonita (o) provavelmente ela seria cara e disputada.

Essa pílula já existe e se chama exercício físico.

Exercício físico é tratamento, é prevenção e, acima de tudo, é liberdade: de seguir vivendo com autonomia, energia e disposição

Se vc quer aumentar as chances de envelhecer bem a prática de exercício físico é INEGOCIÁVEL.

Já começou?

Diante de uma doença que nos coloca de frente com a própria finitude, clareza e coragem  começam a guiar as nossas escol...
11/10/2025

Diante de uma doença que nos coloca de frente com a própria finitude, clareza e coragem começam a guiar as nossas escolhas desde que a gnte receba espaço para expressar o que importa

Cuidado paliativo é uma abordagem que cuida do sofrimento.

Quando recebemos o diagnóstico de uma doença que põe em risco as nossas vidas, iniciamos um processo onde além do sofrimento físico gerado pelos sintomas da própria doença tb sofremos intensamente por outras causas pouco abordadas nas consultas habituais.

O sofrimento emocional relacionado ao adoecimento, o sofrimento social por muitas vezes não conseguir mais desempenhar as atividades sociais que antes eram sua responsabilidade, o sofrimento espiritual relacionado ao sentimento de “pq eu?”. Sim, tudo isto interfere na qualidade de vida do paciente.

O cuidado paliativo cuida disto. O grande objetivo desta abordagem é fazer com que vc VIVA melhor, independente do estágio da sua doença e dos tratamentos serem curativos ou não.

Cuidado paliativo é ampliar o nossa raio de cuidados:

✔️Para que seus sintomas sejam controlados enquanto vc segue tratando a doença

✔️Para que seus sintomas sejam controlados também quando não houver tratamento curativo

✔️Para que vc siga com autonomia durante esta trajetória.

✔️Para que vc consiga expressar o que é importante para vc e para a sua família.

O cuidado paliativo trata o sofrimento.
E quando olhamos com atenção para todas estas esferas, o paciente sai ganhando nesta história, independente do final.

Já deixo bem avisado aqui, que se um dia eu tiver uma doença grave, eu quero uma equipe de cuidados paliativos cuidando de mim SIM!

No Brasil, mais de 5 milhões de pessoas se dedicam ao cuidado de idosos.Agora pare e reflita: 78,8% delas atuam sem rece...
10/10/2025

No Brasil, mais de 5 milhões de pessoas se dedicam ao cuidado de idosos.

Agora pare e reflita: 78,8% delas atuam sem receber nenhuma remuneração.

A imensa maioria são mulheres, muitas acima dos 60 anos, que interrompem suas próprias vidas para sustentar a de outra pessoa

Estudos mostram que em 67,3% dos casos há sinais importantes de sobrecarga, exaustão e adoecimento.

Mesmo com tanta entrega, esses anjos invisíveis permanecem à margem do olhar da sociedade, das políticas públicas e, muitas vezes, até da própria família.

✨ Ninguém deveria adoecer para cuidar de quem ama.

No nível coletivo, precisamos sim de políticas públicas de apoio, reconhecimento e remuneração para essa função tão nobre.

Mas quero te propor algo imediato, que está ao teu alcance:
👉 Como você pode apoiar um cuidador HOJE?
👉 De que forma pode aliviar, ainda que um pouco, essa sobrecarga?

Cuidar de um idoso acamado é um dos maiores desafios que uma família pode enfrentar. O dia a dia exige atenção constante...
09/10/2025

Cuidar de um idoso acamado é um dos maiores desafios que uma família pode enfrentar. O dia a dia exige atenção constante, paciência e, acima de tudo, muito amor.

Mas o cuidado vai além de atender às necessidades básicas: é sobre oferecer dignidade, conforto e qualidade de vida em cada detalhe.

A geriatria tem um papel fundamental em todas as fases do envelhecimento, mas é no cuidado do idoso extremamente frágil que o olhar do geriatra se torna insubstituível. Aqui, cada conduta exige treinamento diferenciado, cada decisão é guiada pela delicadeza, e o acolhimento à família é tão importante quanto o cuidado ao paciente.

Formamos um time: médicos, cuidadores e familiares unidos pela mesma missão: garantir dignidade a quem já não pode mais se cuidar sozinho.

Não é uma tarefa fácil. É uma travessia. Mas quando feita com conhecimento, sensibilidade e vontade de dar certo, ela se torna possível e profundamente transformadora para todos os envolvidos.

Se vc vivência isto, espero que este post te ajude por aí!

Eu sei, é frustrante ver o seu familiar perder o interesse por atividades que antes gostava, não engajar nas atividades ...
08/10/2025

Eu sei, é frustrante ver o seu familiar perder o interesse por atividades que antes gostava, não engajar nas atividades que vc tenta estimular. É importante que vc saiba que apatia é um dos sintomas comportamentais mais comuns nas demências

Não é “preguiça” ou “teimosia”. É o cérebro passando por mudanças que afetam motivação, iniciativa e prazer.

Atividades simples, adaptadas à fase da doença, ajudam a manter funções cognitivas, reduzir sintomas e trazer bem-estar.

💡 Dicas práticas:
•. Conecte-se com o passado desta pessoa
• Resgate memórias afetivas: músicas, fotos, receitas de família.
• Estimule sentidos: tocar texturas, sentir cheiros, ouvir sons.
• Proponha tarefas pequenas e possíveis: dobrar panos, regar plantas.
• Priorize companhia: muitas vezes, o que vale é o estar junto.

Estimular é mais sobre vínculo do que sobre desempenho.

Espero que este post te ajude por aí!

Na terceira idade, a perda auditiva pode trazer muito mais do que dificuldade para acompanhar uma conversa. Ela pode ger...
06/10/2025

Na terceira idade, a perda auditiva pode trazer muito mais do que dificuldade para acompanhar uma conversa. Ela pode gerar solidão, tristeza e até aumentar o risco de demência, porque o cérebro deixa de ser estimulado como deveria.

Muitos idosos evitam o uso do aparelho auditivo por medo de estigmas, mas a verdade é que os aparelhos atuais são discretos, modernos e devolvem algo precioso: a possibilidade de estar presente nas conversas, nas músicas e nos momentos com quem se ama.

Cuidar da audição é cuidar da memória, do humor e das relações que dão sentido à vida.

Avaliar a audição faz parte do check up geriátrico pois sabemos que ouvir bem é garantir maior conexão e qualidade de vida

Demência com corpos de Lewy é uma condição neurológica que afeta memória, cognição, movimento e funcionalidade. Mas ela ...
05/10/2025

Demência com corpos de Lewy é uma condição neurológica que afeta memória, cognição, movimento e funcionalidade. Mas ela não define quem a pessoa é.
Cada indivíduo carrega sua história, suas memórias, sua arte e sua importância que permanecem vivas, mesmo diante dos desafios da doença.

🌿 Cuidar de alguém com demência é reconhecer os sintomas, sim, mas também valorizar a biografia que segue presente.
É neste equilíbrio entre ciência e humanidade que conseguimos oferecer conforto, dignidade e sentido para a vida continuar

A informação traz clareza, e a empatia transforma o cuidado.

✨ EnvelheSER ✨Como geriatra, tenho o privilégio de conviver todos os dias com quem já percorreu longos caminhos. Cada id...
02/10/2025

✨ EnvelheSER ✨

Como geriatra, tenho o privilégio de conviver todos os dias com quem já percorreu longos caminhos. Cada idoso que encontro carrega dentro de si um universo inteiro.

Há os de riso fácil, que mantêm a juventude no olhar e parecem brincar com o tempo.

Há os saudosos, que se emocionam ao revisitar memórias e reconhecem a beleza da própria trajetória.

Há os “teimosos”, que na verdade são guerreiros da autonomia, tentando provar ao mundo (e a si mesmos) que ainda são capazes

E há aqueles que, depois de tantas batalhas, hoje saboreiam a vida devagar, como quem degusta o último pedaço de um bolo delicioso.

Ao ouvir suas histórias, compreendo cada vez mais: o envelhecer é reflexo da vida que foi construída dia após dia.

Envelhecer bem não é sorte.
É resultado de escolhas: de cuidar do corpo, estimular a mente, valorizar os vínculos e encontrar significado e propósito em cada fase da vida

No Dia Internacional do Idoso, meu desejo é que você também tenha boas escolhas, desde já. Que vc trilhe caminhos que o mantenham vivo em essência, em propósito e com saúde em todas as etapas da sua existência.

“Dra, a vó não quer comer nada…”Essa é uma das queixas mais comuns no consultório do geriatra e precisa ser levada a sér...
30/09/2025

“Dra, a vó não quer comer nada…”

Essa é uma das queixas mais comuns no consultório do geriatra e precisa ser levada a sério.

A mudança no padrão alimentar do idoso pode estar ligada a diferentes fatores:

🔹 Alterações fisiológicas do envelhecimento como redução do paladar e olfato, perda dentária, boca seca.

🔹 Condições médicas como depressão, demência, infecções, constipação, disfagia, dor crônica, alterações metabólicas, neoplasias…

🔹 Uso de medicamentos: muitos fármacos alteram o apetite, o paladar ou causam náuseas.Revisar a prescrição de cima a baixo é fundamental

🔹 Aspectos emocionais e sociais como solidão, luto, rotina sem estímulos, ausência de companhia para as refeições.

A recusa alimentar nunca deve ser encarada como “normal da idade”. Ela pode ser um sinal de fragilidade, risco de desnutrição e de perda funcional.

Mais do que insistir ou brigar com para que “coma só um pouquinho”, é essencial investigar a causa, oferecer acolhimento e buscar estratégias seguras para que o momento da refeição seja também um momento de cuidado e afeto.

Recentemente, em uma conversa sobre cuidados paliativos, uma amiga me perguntou:“Fê, deve ser muito difícil pra ti cuida...
28/09/2025

Recentemente, em uma conversa sobre cuidados paliativos, uma amiga me perguntou:
“Fê, deve ser muito difícil pra ti cuidar de pessoas que tu sabe que irão morrer, né?”

Sim, é difícil. É um exercício constante de separar o que é meu do que é do outro. Exige empatia, compaixão. Mas também exige muito preparo, para que eu possa ser, de verdade, uma ferramenta de cuidado em um dos momentos mais delicados da vida de alguém.

A escuta precisa ser mais atenta.
As palavras, escolhidas com mais carinho.
A presença, mais inteira.

Não há como acolher o sofrimento de quem está no fim da vida permanecendo na superfície. É preciso mergulhar na dor, na esperança, nas histórias e no amor que ainda vive ali. Para que este mergulho aconteça é precisa saber manejar muito bem os sintomas que surgem quando estamos falando de doenças graves e avançadas.

Me sinto honrada de poder ajudar uma pessoa e sua família a atravessarem esta etapa com dignidade.

Cuidar de quem está morrendo é, antes de tudo, cuidar de quem ainda está vivo. É reconhecer que até o último instante existe espaço para respeito, cuidado, amor.

E nesse caminho, aprendo não só sobre medicina. Aprendo sobre humanidade, sobre a força dos vínculos, sobre o valor do tempo e sobre aquilo que, no fim, sempre permanece: o amor.

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