Dra Laura Fachin Greca

Dra Laura Fachin Greca Médica Endocrinologista
Titulada pela SBEM
CREMERS 26310
RQE 17830

Não necessariamente.Quando o paciente deixa de apresentar perda de peso com o uso contínuo de análogos do GLP-1, isso ge...
22/10/2025

Não necessariamente.

Quando o paciente deixa de apresentar perda de peso com o uso contínuo de análogos do GLP-1, isso geralmente indica que o organismo já atingiu o platô terapêutico do medicamento, ou seja, o ponto em que o efeito máximo esperado já foi alcançado.

É importante compreender que agentes como semaglutida (Ozempic®, Wegovy®) e tirzepatida (Mounjaro®) não promovem perda de peso de forma ilimitada. Assim como qualquer fármaco, os análogos do GLP-1 possuem um teto fisiológico de resposta, determinado pela saturação dos receptores e pela adaptação metabólica do corpo ao estímulo.

Portanto, a estabilização do peso após determinado período de uso não significa falha terapêutica, mas sim o fim do efeito incremental esperado.

O manejo adequado nesse momento deve envolver reavaliação clínica, ajuste de dose (quando indicado) e, principalmente, reforço das medidas comportamentais que sustentam o resultado obtido.

Confesso que esse momento recente da medicina que me preocupa.O cuidado com o paciente, que deveria ser o centro da medi...
18/10/2025

Confesso que esse momento recente da medicina que me preocupa.

O cuidado com o paciente, que deveria ser o centro da medicina, vem sendo disputado com as estratégias de marketing e promessas de exclusividade. Médicos que parecem mais interessados em dominar técnicas de persuasão, construir “trilhas de encantamento” e atrair pacientes “high ticket” do que em dominar a ciência que sustenta a nossa profissão.

Mas Medicina não é sobre encantamento e glamour. É sobre compreender que cada paciente que senta à nossa frente entrega a nós o bem mais precioso que possui: a própria saúde.

Eu me recuso a acreditar que a boa medicina precise de “gatilhos de venda” para ser valorizada. A confiança do paciente não é sobre quem “morde a isca” e se torna um "lead". Ela se conquista com condutas seguras e resultados sustentáveis.

Medicina é ciência, não estratégia de conversão. E enquanto muitos estiverem preocupados em construir funis de venda, eu sigo construindo algo muito mais valioso: uma relação de confiança baseada no cuidado verdadeiro e no respeito à boa prática médica.

Feliz Dia do Médico.

É impressionante como, mesmo com tantos alertas de sociedades médicas sérias, ainda vemos pessoas acreditando em promess...
16/10/2025

É impressionante como, mesmo com tantos alertas de sociedades médicas sérias, ainda vemos pessoas acreditando em promessas milagrosas disfarçadas de “tratamentos modernos”. A soroterapia é um dos exemplos mais preocupantes disso.

Esses coquetéis intravenosos de vitaminas e minerais, muitas vezes coloridos e até saborizados, são vendidos como se fossem a solução para tudo: pele bonita, imunidade fortalecida, corpo “desintoxicado”. Mas a verdade é uma só: não há respaldo científico que comprove qualquer benefício real da soroterapia em pessoas saudáveis. Nenhum estudo sério validou essas práticas e nenhuma diretriz médica reconhece seu uso.

O que há, sim, é um grande mercado explorando a vulnerabilidade de quem busca bem-estar rápido e resultados estéticos imediatos. E o mais preocupante: muita gente acreditando que está fazendo algo confiável e seguro só porque está dentro de uma clínica médica bonita.

Como médica endocrinologista, reforço: na saúde, o que parece bom demais para ser verdade, geralmente não é verdade (quiçá traiçoeiro).

09/10/2025

As chamadas “canetas manipuladas” ganharam espaço nos últimos tempos, mas é importante esclarecer alguns pontos sobre elas. Veja aqui neste vídeo e depois me conte: você já se sentiu seduzido(a) a trocar o seu tratamento atual pelo manipulado?

Se sim, lembre-se: na medicina, precisamos sempre priorizar aquilo que foi testado, validado e aprovado por órgãos regulatórios. É isso que garante segurança e os resultados consistentes de cada tratamento.

No post anterior eu comentei sobre a relação confusa entre alimentos saudáveis e alimentos de baixa caloria. Me lembrei,...
03/10/2025

No post anterior eu comentei sobre a relação confusa entre alimentos saudáveis e alimentos de baixa caloria. Me lembrei, então, de uma pauta que eu também gostaria de abordar e que, de certa forma, é um gancho deste assunto.

Pacientes obesos podem ser pacientes desnutridos.

Isso acontece porque, muitas vezes, o padrão alimentar é baseado em alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras ruins e sódio, mas pobres em vitaminas, minerais, fibras e proteínas de qualidade.

O resultado é um organismo que acumula energia em forma de gordura, mas que carece de nutrientes essenciais para o funcionamento adequado.

Assim, não é raro encontrar pacientes com obesidade apresentando deficiências de ferro, vitamina D, cálcio, vitamina B12, entre outros. Portanto, o foco do cuidado não deve estar apenas em quantidade de comida, mas sim em qualidade nutricional.

Em qualquer cenário alimentar, comer muito não significa estar bem nutrido. E é justamente aí que mora a importância de um acompanhamento médico e nutricional adequado.

Muita gente considera um alimento saudável um alimento com poucas calorias, mas essas duas ideias não são sinônimas.Um a...
01/10/2025

Muita gente considera um alimento saudável um alimento com poucas calorias, mas essas duas ideias não são sinônimas.

Um alimento saudável é aquele que traz nutrientes importantes para o corpo, como vitaminas, minerais, fibras, proteínas de boa qualidade e gorduras boas. Ele contribui para o funcionamento adequado do organismo, ajuda a prevenir doenças e promove saciedade.

Já o valor calórico está ligado apenas à quantidade de energia que o alimento fornece. Alguns alimentos extremamente nutritivos têm, sim, uma densidade calórica mais alta, como os exemplos clássicos do abacate, das oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) e do azeite de oliva.

Ou seja, alimentos saudáveis podem ser calóricos e prejudicar a dieta de quem busca emagrecimento e/ou controle do peso. A questão é equilíbrio e quantidade.

Alerta de férias no ar. Começo a semana por aqui anunciando que entre os dias 25/09 e 10/10 estarei de férias, conhecend...
22/09/2025

Alerta de férias no ar. Começo a semana por aqui anunciando que entre os dias 25/09 e 10/10 estarei de férias, conhecendo lugares, desfrutando da companhia da minha família e recarregando as energias para voltar com ainda mais disposição para os atendimentos do último trimestre de 2025. Caso você precise de alguma orientação ou tirar dúvidas sobre seu tratamento, aproveite estes últimos dias e acione a Denize, minha secretária, para dar sequência ao seu atendimento.

Quando recebemos o resultado de exames de tireoide, um dos que pode aparecer alterado são os anticorpos anti-TPO. É impo...
16/09/2025

Quando recebemos o resultado de exames de tireoide, um dos que pode aparecer alterado são os anticorpos anti-TPO.

É importante saber que nem todo paciente com anti-TPO positivo precisa de tratamento com levotiroxina. A decisão de iniciar medicação depende da função da tireoide - avaliada pelo TSH e pelo T4 livre - e dos sintomas clínicos. Quando há necessidade de tratamento, o medicamento utilizado é a levotiroxina (T4), e não T3, já que o T3 só é considerado em situações muito específicas (mas isso é assunto para outro post).

Apesar de mais frequente em mulheres, essa alteração também pode acontecer em homens. E existe um grupo especial em que a atenção é redobrada: as gestantes e tentantes, já que a presença do anti-TPO elevado pode impactar a evolução da gestação.

Por isso, o anti-TPO alterado não significa um diagnóstico de doença, mas sim um sinal de que a tireoide merece acompanhamento cuidadoso com o médico.

Agosto e setembro foram meses de intensa participação em congressos: uma verdadeira maratona de aprendizado. Comecei em ...
09/09/2025

Agosto e setembro foram meses de intensa participação em congressos: uma verdadeira maratona de aprendizado. Comecei em São Paulo, segui até o Panamá e finalizei em Gramado. Cada um trouxe abordagens diferentes, mas todos foram fundamentais para agregar ainda mais conhecimento à prática clínica e reforçar o compromisso de estar sempre atualizado para oferecer o melhor aos pacientes.

Que venham os próximos✈️

A consulta comigo não é um momento rápido e superficial. É um tempo dedicado exclusivamente a você, para entender sua hi...
27/08/2025

A consulta comigo não é um momento rápido e superficial. É um tempo dedicado exclusivamente a você, para entender sua história, seus sintomas e traçar o melhor caminho para sua saúde.

Por isso, aproveite ao máximo esse momento: traga suas dúvidas, informações sobre seus medicamentos, exames e tudo o que possa ajudar na avaliação. Quanto mais completo for o que conversamos, mais preciso será o seu cuidado.

Nunca esqueça que quando você entrar no meu consultório, estarei dedicando todo o meu tempo a você. Faça da recíproca verdadeira e tire o maior proveito possível da consulta, sempre.

Ter controle sobre a comida não é só “ter força de vontade”. Basicamente, podemos definir o sentimento de fome em três t...
25/08/2025

Ter controle sobre a comida não é só “ter força de vontade”. Basicamente, podemos definir o sentimento de fome em três tipos:

👉 Fome homeostática: quando o corpo precisa de energia.
👉 Fome hedônica: quando comemos pelo prazer do sabor.
👉 Comer executivo: quando decidimos conscientemente o que comer, influenciados pelas outras fomes.

Essas fomes se misturam.

Por exemplo, se ficamos muito tempo sem comer, até a fome hedônica aumenta. Por isso, a ideia de “comer menos e se exercitar mais” falha. Ela assume que comer é sempre uma decisão consciente, ignorando que a biologia nos motiva a comer. E, em pessoas com obesidade, o corpo tenta manter o peso alto, aumentando a fome e reduzindo o gasto energético quando emagrecemos.

Conclusão: para emagrecer, é preciso déficit calórico, mas também entender a fisiologia do peso, pois tratar obesidade exige abordagem médica e multidisciplinar.

Muitas pessoas tomam vários medicamentos, sobretudo suplementos, sem saber para que servem apenas porque “ouviram dizer ...
22/08/2025

Muitas pessoas tomam vários medicamentos, sobretudo suplementos, sem saber para que servem apenas porque “ouviram dizer que é bom”. O problema é que:

👉 Se não existe uma queixa ou necessidade específica, o medicamento/suplemento pode não trazer benefício.
👉 Suplemento também pode ter risco: mesmo produtos “naturais” ou “da moda” podem causar efeitos colaterais ou interagir com outros medicamentos.
👉 Se promete servir para tudo, provavelmente não serve para nada: cuidado com substâncias vendidas como solução universal.
👉 Curiosamente, muitas pessoas dizem “não gostar de remédios”, mas tomam mais de 10 cápsulas de suplementos por dia, sem comprovação de eficácia ou segurança.

Sobre este assunto, a regra é simples: só use algo que você saiba exatamente o que é, para que serve e com indicação para o seu caso. Toda intervenção em saúde deve ter mais benefícios do que riscos.

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