07/08/2025
41 anos, um puerpério e um luto.
No dia do meu aniversário, reflito a grandiosidade de dois eventos tão próximos ocorridos neste ano: o nascimento da Helena e, menos de 2 meses depois, a partida da minha mãe.
Me descubro como uma nova mãe, afinal nunca havia sido mãe da Helena, nunca havia sido mãe de duas.
Me descubro no mundo sem mãe, depois de comemorar 40 aniversários ao lado dela.
As duas palavras que me vem à cabeça em relação ao luto da mãe: saudade e estranhamento, muito estranhamento.
Nunca mais vou vê-la, abraça-lá, como assim ela nunca mais vai entrar pela minha porta, cozinhar pra mim, ir pra praia no horário do sol a pino com FPS 8, me dizer q as gurias estão com frio porque estão com as mãos geladas, me dizer bom dia amada, estamos bem. É uma dor do vazio de tudo isso, porque de fato ela foi muito presente e amorosa durante toda a minha vida. Tive muita sorte e agradeço muito por isso, e é por isso que a saudade dói tanto.
E nesse mesmo momento, nesse mesmo coração, nasce a mãe da Helena, uma criança tão esperada e tão doce que certamente foi enviada por Deus para abençoar nossas vidas. Um sorriso aberto e sempre pronto, um olhar brilhante e uma confiança em mim que chega a doer.
Minha filha Helena, assim como a Maria, espero poder ser uma boa mãe pra vocês, como a minha foi pra mim. Sei que ela é agora um anjo cuidando da nossa família diretamente do céu, e por mais medos que eu tenha, ela está lá pra me guiar.
Início e fim, lado a lado, como duas vivências tão viscerais e profundas como essas podem ser.
Feliz de mim de poder contar com os meus nesse momento.
Obrigada por mais um ano de vida meu Deus.
Te amo pra sempre mãe, tu vive em mim pra sempre.
Amo vocês minhas filhas, obrigada por ressignificarem o mundo inteiro pra mim.