
03/09/2025
A forma como falamos conosco não é apenas um detalhe psicológico é também um processo neurofisiológico.
Quando treinamos um diálogo interno mais compassivo, ativamos redes cerebrais ligadas ao cuidado, à empatia e à autorregulação, modulando hormônios como oxitocina e serotonina, associados à calma e à segurança.
Quando a autocrítica domina, o sistema de ameaça assume: cortisol, adrenalina, corpo em alerta.
Quando vivemos apenas na cobrança e na conquista, o sistema de busca dispara: dopamina, comparação, corrida sem fim.
Mas quando praticamos a compaixão, o sistema de calma e afiliação entra em cena: confiança, segurança e autorregulação.
Isso mostra que mudar a forma como você fala consigo reduz a autocrítica e reorganiza seus sistemas emocionais, criando uma base interna de segurança.
Compaixão não é fraqueza.
É ciência e também um caminho de cura.
Fonte: GILBERT, Paul. Terapia Focada na Compaixão. São Paulo: Hogrefe, 2020.